segunda-feira, 27 de março de 2017

Como eu vi o nosso 4º Encontro

Em espaço providenciado pelo nosso camarada de escritas Guilherme Duarte, que se encarregou da logística alimentar (e não só no restaurante do almoço...), juntaram-se menos de duas dezenas (tão poucos…) escritores-leitores de cartas para jornais, todos mais ou menos participantes activos deste blogue.
Como não podia deixar de ser, a preocupação transversal a todos foi aquilo que julgamos ser a importância deficitária que os jornais nos atribuem. Em geral, gostaríamos de mais, mas ficou evidente que, para todos, o futuro previsível não é animador.
Por isso, houve quem sublinhasse o interesse de poder introduzir algumas alterações (a pensar e debater) no formato e funcionamento da Voz da Girafa, com a apresentação de algumas sugestões por parte de alguns dos participantes. O objectivo seria agilizar a Girafa, projectando-lhe a voz e o alcance.
Outros salientaram que o momento actual do mundo não é propício a grandes divergências entre as pessoas, que se devem unir para a construção de um futuro melhor.
Já outros enalteceram a importância do contraditório e da discussão enquanto geradora de progresso, obviamente no estrito cumprimento dos deveres de cidadania e respeito pelo “outro”.
Não faltaram aqueles que gostam de partilhar experiências passadas, recorrendo à memória, e que enriqueceram as intervenções com episódios seus e alheios.
O bem e o menos-bem (o eufemismo é meu) também estiveram presentes em certas intervenções, nas quais se apontaram exemplos de um e do outro na vida do blogue.
Também se filosofou sobre as razões que nos levaram a estar ali presentes, do mesmo modo que sobre as motivações que nos levam a escrever e a divulgar o que escrevemos.
Aqui ou ali, até houve uns pequenos laivos de poesia.
Mas não houve apenas comunicações de participantes do blogue. Fomos “invadidos” por dois simpáticos “corpos estranhos”, mas que nos conhecem bem. Primeiro, foi o ex-jornalista José Vítor Malheiros, que prefaciou o livro “Os leitores também escrevem”, e que nos “ensinou” a ler, escrever e contar. Depois, foi a Dra. Marisa Torres, uma estudiosa do fenómeno que nós somos (embora, que eu saiba, ninguém seja do Entroncamento…), que nos desvendou o nosso próprio perfil e alguns "segredos" do interior dos jornais, sem esquecer a exibição de algumas estatísticas ligeiras que retratam o nosso universo. Ficámos a saber que não somos muito diferentes dos leitores-escritores americanos, os nossos jornais é que não se podem comparar com os deles.
Apesar da chuva, que humedeceu o ar, os abafos e os guarda-chuvas (para os do sul, a maioria, concedo: chapéus de chuva), o ar fresco correu em lufadas. Muito bom. Até ao próximo.

1 comentário:

  1. Foi muito bom, sim! E em 2018 ainda será melhor!! Não deixemos arrefecer ânimos! É já que temos que fazer alguma coisa! «É preciso fazer alguma coisa!» dizia alguém...

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