quarta-feira, 22 de março de 2017

Incontrolável desregramento

O mundo actual está em mudança exponencialmente acelerada em todos os seus vectores existenciais, em que o desregramento de todas as normas e práticas existentes é considerado normalíssimo, tendo em conta o incontrolável alfobre tecnológico que todos os dias faz germinar o que há momentos era impensável a sua existência.
Então, no mundo laboral, o desnorte é cada vez mais profundo. E, quando se confrontam o sector público e o privado, o ranger de dentes atinge o clímax de mal-estar sectorial.
Portanto, mesmo tardiamente no nosso entender, o BE quer limitar o máximo e o mínimo dos vencimentos, que as empresas privadas podem e devem pagar.
Mas, logo nos dizem que pode ser inconstitucional tal demanda; todavia, quando somos todos a pagar por todos os desmandos que raiam o crime, não é inconstitucional?
Nós, vulgares cidadãos deste esmifrado país sugado pelo topo, já há muito que advogamos tais normas moderadoras. Contudo os liberais, defensores do impiedoso capital e dos seus paraísos fiscais, isso não querem e tal arrenegam. Defendem, isso sim, que o privado pode pagar o máximo que quiser e o mínimo que é obrigado a desembolsar. Isto é, podem depenar as empresas, para depois o contribuinte pagar pelos criminosos actos e banquetes que nunca cometeu nem comeu.
E como nota final de tal desregramento vos digo que as oito pessoas mais ricas desta aldeia global têm tanto que a metade da população mundial mais pobre: são oito bocas para 3,6 biliões.

José Amaral

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