sexta-feira, 31 de março de 2017

FUTEBOL: entre o amor e a tecnologia

Há uma semana foi noticiado que um estudo académico tinha constatado que os circuitos neuroquímicos cerebrais dos adeptos de futebol, em relação aos seus clubes, são em tudo semelhantes aos dum estado amoroso. Portanto, quando nós pensávamos que a "excitação explosiva" no primeiro tipo de relação era bem diferente da "excitação delicodoce" do segundp, toma... são iguais!
Entretanto no Espanha-França de 28/3, ganho pela primeira por 2-0. a nova "coqueluche" tecnológica, o "videoárbitro", permitiu "dar o dito pelo não dito" por duas vezes. Para invalidar um golo da França que tinha sido dado por "limpinho" e depois o inverso, validando um golo espanhol que tinha sido invalidado.
Penso: aqui há qualquer coisa que não vai bater certo! Conhecendo nós bem os seres humanos enquanto adeptos, o que vai acontecer quando o o tal "árbitro tecnológico" validar ou invalidar um golo? Os adeptos do clube que sofrer a sanção, como vão reagir? ? Quer-me parecer que lá se irá este "anseio pela verdade" que a tecnologia quer trazer e lá estará o adepto, novamente "humanizado", oscilando, perante o "árbitro-homem", entre o "muito bem senhor árbitro" e o "p... vai levar no c...", consoante a decisão. Querem apostar?

Fernando Cardoso Rodrigues

Nota: Texto enviado ao "Cartas ao Director" do PÚBLICO, não tendo merecido publicação.

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