quinta-feira, 9 de abril de 2020

Cenas Tristes

Por vezes vem-me à lembrança aquela cena inqualificável passada nas escadarias interiores do Parlamento, em que aparece, "à frente de um grande elenco", o toureiro Alegre a abraçar efusivamente, o seu camarada de partido, Paulo Pedroso, saído de um interrogatório na Polícia Judiciária, em que era apontado como altamente suspeito de envolvimento de crimes de pedofilia acontecidos na Casa Pia.
Há sempre alguém disposto a ilibar estes calhordas.

Cena idêntica, só mesmo a que se passou em Stº. Tirso, em pleno PREC, quando uma pequena multidão se juntou no centro da cidade, com foguetes e tudo, para dar as boas-vindas ao comendador "Batateiro" momentâneamente elevado à categoria de Herói Nacional, também ele solto, após vários dias de cativeiro por graves e evidentes suspeitas de colaboração com organizações terroristas.

José Valdigem

4 comentários:

  1. Isso é que é "desenterrar esqueletos"!
    Mas deixe-me perguntar-lhe: o Paulo Pedroso não foi inocentado em tribunal?...
    E, se mo permite, porquê estas "exumações catárticas"", num tempo doloroso em que o governo PS até se está a portar muito razoavelmente?

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    1. Quanto à primeira cena, peço-lhe que atente à resposta que vou dar já a seguir ao comentário do Amândio.
      Quanto à segunda (comendador): nunca é demais relembrar episódios tristes, para que não se repitam.
      O governo PS está a portar-se bem, sim.A experiência adquirida por António Costa em diversos governos e na Câmara Municipal de Lisboa, está a dar frutos. Para além dos profissionais de saúde, também ele é merecedor duma sonora salva de palmas.

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  2. Também discordo do "justicialismo" do Valdigem; Paulo Pedroso foi detido no Parlamento da mesma forma selvagem aplicada a Sócrates. Esteve preso, foi submetido a exames humilhantes para detectarem os sinais que as pretensas vítimas diziam que ele tinha escondidos pela roupa e nada foi encontrado, nem sinais de terem sido removidos cirúrgicamente; e é preciso ter em conta que tipo de gente o acusou, já que ficou demonstrado que grande parte daquelas "crianças" eram gandulos que saltavam o muro à noite para ir vender o "redondo" no Parque Eduardo VII...

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    1. Tenho que dar a mão à palmatória. Retiro o que disse. O Amândio relembrou aqui, pormenores de que já não me lembrava.
      Reconhecer o erro não é humilhante, é ser verdadeiro.

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