Nestes
tempos de alucinantes confinamentos, muitos dos quais determinados pelas
autoridades sanitárias, às vezes voluntários na ânsia de proteção individual e familiar,
temos que conviver com o martelamento continuo que a nós é imposto pela mídia
(media), seja televisiva ou pelo uso da internet, com enxurradas de
estatísticas de mortes e contaminações a todo momento, trazendo receios e traumas,
principalmente nas crianças.
Talvez
este procedimento possa até trazer benefícios em induzir as pessoas, que se
acham acima da realidade e da verdade, a obedecerem ao confinamento, como única
arma até agora conhecida para amenizar a propagação desta praga; mas, as
consequências vindouras só o futuro dirá, como sempre digo: “o futuro é sombra
do presente projetada pela luz do passado”. De uma coisa eu tenho certeza: o
mundo não será o mesmo quando tudo isto passar.
Temos
ainda ressaltar que, mesmo diante dos fatos catastróficos, grande parte das
famílias, principalmente no Brasil, não tem mínimas condições de se manter
confinada, porque está mais preocupada com o que irá comer amanhã, pensa, com
muita razão, no roncar da barriga e não com a cabeça. Para amenizar esta
situação, está havendo alguma ajuda governamental, na maneira do possível, e donativos
da costumeira solidariedade do povo brasileiro.
Uma
alternativa que tem sido usada por algumas famílias, para fugir desta rotineira
cadeia de notícias desagradáveis, é o uso da TV paga (infelizmente nem todas as
famílias possam ter este acesso). Seria muito melhor se as operadoras se
conscientizassem em produzir programas educativos e apresentassem filmes de
qualidade, ao invés de péssimas películas, recheadas de violências e sexo,
ainda por cima, de costumeira e longas repetições. Será que não seria a hora
das operadoras melhorassem a qualidade nas programações, aproveitando quando as
famílias estão reunidas, para mostrar esse tipo de mídia poderia ser
importante, pensando no futuro, com mais adesões aos seus planos, que vê
diminuindo ano após ano.
Se não
bastassem isso, junto com a imensa gama de notícias, temos que conviver com as ilações
vindas dos imaginativos pessimistas de plantão e das conhecidas Fake News, oriundas
de pessoas do pior estipe que tem assento no nosso sofrido planeta azul.
Cito abaixo
algumas, comentadas com minhas observações e adaptada ao meu tradicional
palavreado, para tornar mais ameno o assunto, embora reconheça se tratar de questão
de extrema gravidade.
Os
animais, tanto silvestres ou domésticos, podem ser infectados e se tornarem
potencialmente transmissores, citando o caso de um tigre do zoológico de New
York, que teria sido contaminado. Apesar de ter sido noticiado por veículos
confiáveis, não vi nem confirmação, nem tampouco desmentido.
Grande parte das famílias tem, por aqui, o
costume de manter cães domésticos até em apartamentos, para grande alegria dos
miúdos. Já se acha preocupada com a notícia acima e com os dejetos espalhados
pala ruas, nos passeios matinais, sem contar com cães vadios, que perambulam
pelas ruas.
Estes animais fazem parte das famílias, neles se
investem mais recursos do que em crianças carentes. Se tornarem necessário seus
confinamentos, já deve haver empreendedores pensando em alguma Startup, para suavizar seus possíveis isolamentos.
Assim
que chegou a notícia da China, que uma forma de contágio ser comprovadamente
através dos dejetos humanos, logo surgiu fruto da imaginação, seja ela inocente
ou maliciosa, a pergunta, se pode haver transmissão pelas fezes, porque não
pelos gases produzidos pelo arroto intestinal, popularmente aqui no Brasil
chamado de peido. Restando ainda uma atroz dúvida, em qual dos seus inúmeros formatos
seria mais danoso: sonoros, silenciosos, com ou sem (maus) cheiros.
Outra
preocupação vinda do imaginário popular, é quanto à prática do sexo. Na dúvida de
que o esperma de pessoas infectadas possa conter vírus, tem surgido
aconselhamento dos mais esdrúxulos, tais como: além da tradicional camisinha e
máscara cirúrgica, o exagero de escafandros, roupas de astronautas etc. A
preocupação também tem sido aumentada com a limpeza da costumeira e
incontrolável masturbação dos adolescentes masculinos.
Outra contribuição
proveniente da exacerbada (talvez expandida pelo confinamento), imaginação
popular, que merece até um estudo mais detalhado, é a possibilidade do mosquito
Aedes Aegypti se tornar também
hospedeiro do Covid-19, ou através de seu formato original ou de mutação,
tornando nesta esteira mais um poderoso vetor de contaminação desta moléstia.
Este mosquito já é o responsável pela transmissão de várias doenças tropicais,
entre elas: Dengue, Zica, Chikungunya,
Febre Amarela urbana, com sintomas muitos semelhantes ao do atual Coronavírus,
a ponto de haver diagnósticos conflitantes até por médicos experientes. Tenho
opinião leiga, pois mesmo não sendo da área procuro me informar, que este vírus
tendo um certo grau de similaridade com os demais, pode vir a possuir uma
remota possibilidade de tal hospedagem.
Este
pequeno mosquito teve sua origem no continente africano, mas que no Brasil alcançou
uma adaptação fora dos parâmetros explicados pela ciência, reinando com desenvoltura,
deitando e rolando no país, tem desafiado há anos todas as autoridades encarregadas
de sua erradicação, com enormes gastos de verbas públicas, muitas vezes
acompanhadas de denúncias de desvios dos recursos para finalidades outras, nada
republicanas.
Concluindo, se esta remota,
mas possível simbiose entre este novo vírus, que tem abalado o mundo, e este mosquito
(Aedes Aegypti) for factível, só nos resta repetir literalmente o conhecido
adágio popular, “É o fim da picada!”.
(Este adágio é muito usado para demostrar assombro diante de algo tenebroso,
não sei se criado por aqui ou herdado dos irmãos portugueses).
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.