Já que não vem de paragens mais conjecturáveis, talvez a solidariedade europeia deva começar por nós, mesmo sem possuírmos as riquezas que outros arrecadaram com a adopção do Euro. De que vale virmos agora retaliar contra quem nos tratou mal, devolvendo-lhes as invectivas? Neste momento (e tudo pode ainda alterar-se…), em que a realidade do número de mortos pela pandemia instalada fala por si, seria fácil dizer que os holandeses estão a “pagar” pela sua arrogância, não expressa por todos, evidentemente, mas por alguns dos seus dirigentes políticos, como o ministro das Finanças e o respectivo chefe. Melhor será solidarizar-nos com a população dos Países Baixos, lamentando terem elegido tal gente que parece gostar mais de dinheiro do que do seu próprio povo. Tanto pouparam, em constantes vénias ao controlo orçamental, cortando nos “luxos” da saúde, que agora não conseguem ocorrer a todos os infectados que, infelizmente, morrem mais do que por estas nossas bandas.
Público - 14.04.2020
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