quarta-feira, 15 de abril de 2020


Enfermeiro português chamado Luís...


Quando a direcção daquele importante hospital inglês chamou de parte o nosso compatriota, aí enfermeiro, ele ter-se-á perguntado que teria feito de errado; fácil é imaginar o seu estado de espírito quando lhe disseram que queriam que fosse ele a tratar o primeiro-ministro, acabado de ali dar entrada com a infecção do momento.

Ao escolherem dois estrangeiros para assistir aquele importante personagem, sou levado a pensar que os responsáveis máximos do hospital quiseram fazer entender ao seu chefe de Governo a importância que têm para o país os trabalhadores migrantes, sobretudo altamente qualificados, sensibilizando-o para que não tome medidas gravosas contra gente que tanta falta lhes faz.

E até aquele “bacamarte” dos Estados Unidos já se deu conta de que os empresários agrícolas do país precisam mesmo dos estrangeiros para as tarefas que os seus compatriotas não querem, mandando retirar as polícias dos pontos sensíveis onde montavam guarda para os apanhar e recambiar; e as necessidades daquela gente à procura de ganhar alguma coisa são de tal ordem, que não vão faltar escravos para as mais diversas tarefas nos campos, sem nenhuma garantia de contratos de trabalho dignos...


Amândio G. Martins

1 comentário:

  1. Eu ia dizer "será que o homem vai aprender?", mas a minha "ingenuidade" não dá para tanto....

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