sábado, 25 de abril de 2020

Missão impossível


Se mais vantagens não houvesse - e há! - em ser-se idoso (eufemismo para velho…), já valeria a pena ter-se a idade que se tem, suficiente para se ter vivido o 25 de Abril de 1974. Com todas as suas “vantagens”, os mais novos nunca poderão saber/sentir o que foi aquele dia. Como se poderá transmitir a sensação que é andar dias, semanas, se não meses a fio, a acordar pela manhã e, ainda estremunhado, repetir para si próprio a reprimenda da véspera: “como é que tornei a sonhar a mesma coisa”? Já nos estava na “massa do sangue” que aquele regime nunca iria mudar. Mas mudou. E esperemos que de maneira irreversível, apesar das ameaças que por aí pairam.

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