domingo, 12 de abril de 2020


Tudo tão estranho...


Desde que me conheço, só houve um ano em que não abrimos a porta para a visita pascal, porque minha mãe tinha partido para o outro lado duas semanas antes; no mais, mesmo quando estava longe, na cidade grande, onde a Páscoa passava despercebida, difícilmente eu não vinha à “terrinha” nesta data, para que a casa tivesse o maior número de elementos da família que fosse possível.

Mas está a ficar tudo tão estranho, que  até a ausência de missas começa a fazer-se sentir, porque o “povo de Deus”, com mais ou menos fé, precisa daquele convívio semanal, onde muitos só se encontram nesse dia, que representa bastante mais do que a hora de recolhimento e oração dentro da igreja; é bem verdade que a gente, sobretudo quem já passou por muito, se vai habituando a todo o tipo de surpresas, que os mais avisados sabem que podem vir, mas esta não estaria nos “planos” de ninguém...


Amândio G. Martins

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