Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
quinta-feira, 2 de abril de 2020
Ramalho Eanes como mote
Porque digo isto? O general tem um aspecto e tom frugais e espartanos que muito agradam a muita gente. Muita dessa mesma gente que se rebela com a mera hipótese de ser a idade a contar para a "escolha" de quem ventilar, no caso de não haver ventiladores para todos os que deles necessitem ao mesmo tempo. E, vindo dum homem que é paradigma cívico para essa mesma muita gente, talvez as "campaínhas soem" e moderem os "ataques" à pretensa "eutanásia etária" que pode ser uma atitude quase, ou mesmo.... nazi. Talvez os choque mas "escolher" eticamente, também doi muito a quem o faz - e só "peço" que nunca me veja nesse papel - mas, como em Espanha, na actualidade, venha o primeiro que "atire a pedra"...
Num tempo em que, para além da triste tragédia, ainda há gente que tem tempo para catarses, esconjuros e leviandades "políticas" ou "culturais" que roçam a leviandade total, foi bom de ver e ouvir o general dizer o que disse, com todas as letras. Aprovei-o e felicito-o.
Feranando Cardoso Rodrigues
4 comentários:
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Ao fim de 85 anos de uma vida cheia (parece-me!), é natural que um balanço apresente aspectos negativos. No caso, não tenho condições objectivas para avaliar o “erro” do PRD, e nunca poderemos esquecer as circunstâncias da época, para além de que as análises que possamos fazer hoje facilmente caírem no “prognóstico depois do jogo”. Já o doutoramento, parece-me indiscutivelmente “problemático” (para não dizer mais).
ResponderEliminarDa entrevista, relevo o apelo à espiritualidade e elevação ética e moral do Homem, sempre lembrando a sua fragilidade e o esquecimento do significado do que é ser-se gregário, com permanente exaltação dos valores do altruísmo e da solidariedade. Gostei especialmente que tivesse desmistificado as nacionalizações tão estigmatizadas.
Estranhei um pouco as alusões aos avisos que a ONU e o Banco Mundial fizeram, em Setembro passado, da possível emergência de uma crise pandémica com contornos muito semelhantes aos que estamos a defrontar, já com referências à possibilidade de o vírus causador poder ser de origem da Natureza ou de uma possível fuga de um qualquer laboratório de guerra biológica. Fiquei um tudo-nada perplexo.
Quanto às dramáticas escolhas que os médicos (e não só) têm de fazer, avalio a dor que acarretam. No entanto, é bom lembrar que, embora na actual conjuntura ele seja exponencialmente agravado, o pungente dilema já existe em muitas outras situações, até em tempos de normalidade.
Relativamente ao seu último parágrafo, lamento muito, caro Fernando, mas não partilho em nada a sua posição. Desde que não sejam ofensivas, as posições políticas, culturais ou intelectuais, quaisquer que elas sejam, têm todo o direito a gozar de livre expressão. Quando muito, poderemos (deveremos?) contraditá-las.
Boa noite José. Somente duas notas. A primeira para discordar de si na hierarquização de gravidade entre o novo partido e a ligação à Opus Dei, pois considero grave o primeiro garvíssimo sob o ponto de vista político/democrático, enquanto a segunda "é lá com ele", embora me fizesse desconfiar dele. Quanto ao meu último parágrafo... eu naõ os quero censurados! Somente os verbero e até os acho pateticamente "desfasados" ou mal intencionados e... disse-o acima!
ResponderEliminarUm idoso padre italiano infectado, a quem os paroquianos ofereceram um ventilador, prescindiu dele para que pudesse servir a alguém mais jovem; e morreu popuco depois...
ResponderEliminarBelíssima atitude. E acrescento, como ninguém pode ser ventilado em casa (por razões técnicas de supervisão científica ), só faltaria que uma pessoa levasse o "seu" ventilador "debaixo do braço" para os cuidados intensivos hospitalares para ser utilizado nela (!!!) por quem o sabe fazer....
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