EXECRÁVEL
CRIATURA
Nunca participei,
mas ouço, com frequência, o programa “Antena Aberta”, da Antena 1, de tal forma
que conheço, pela voz, os seus participantes mais assíduos.
Tratando-se
quase sempre de pessoas sérias, que
aproveitam aquele espaço para dizer o que pensam da situação do país, segundo
os temas propostos, dá para perceber aquilo por que lutam e a sua honestidade
intelectual.Mas há um trafulha, sujeito completamente desprovido de escrúpulos,
que ora ataca os de um lado, de uma forma que ninguém entende, ora faz
precisamente o contrário.
Ataca tanto
em programas de rádio como de televisão, inconfundível na forma trapalhona como
se expressa, tropeçando nas palavras, repetindo várias vezes a mesma coisa.Como
vigarista que seguramente é, de cada vez que aparece dá um nome e profissão
diferente, assim como a localidade de onde diz ser, quase sempre da área de
Lisboa e arredores. E ora é engenheiro, ora comerciante, ora gestor público,
ora empresário, ora técnico agrário, enfim, um génio de inesgotáveis
capacidades!...
E a verdade é
que este patifório até poderá ser tudo o que diz, intermutando funções, mas já
não poderá ter tantos nomes nem residir em tantas localidades diferentes! E
quanto à discrepância das enormidades que profere, fica-se com a sensação que o
fará por aposta com outros da mesma laia, talvez com o fim de desacreditar
programas de interesse geral.
Já pude
assistir, no “Opinião Pública”, da SIC Notícias, um participante que lhe
sucedeu na chamada aproveitar para o desmascarar, lembrando ao condutor do
programa que o tal sujeito, no dia anterior, se tinha apresentado com outra
identidade, e acho muito estranho que os responsáveis deste tipo de programas
ainda não tenham percebido o embuste...
0ntem, dia
19, no programa da Antena 1, conduzido por Eduarda Maio, o tal seboso
identificou-se como Pedro Martins, nome que lhe ouvi pela primeira vez. Esta
cavalgadura até parece aquele “emplastro” das televisões, que surge também por
todo o lado a perturbar os repórteres, “prantando-se” em frente às câmaras, mas
este, ao menos, fica calado…
Amândio G. Martins
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