Compatriotas,
Em Janeiro de 1988, por iniciativa de O Comércio do Porto, levou este
jornal diário a efeito um certame intitulado ‘Portugal e os Descobrimentos’, em
que os leitores poderiam dar o seu contributo, através da rúbrica ‘Rota dos
Leitores’.
Contribuindo com muitos trabalhos, quero convosco compartilhar uma
pequena parte dos mesmos e que foram publicados pelo citado jornal nortenho.
Assim, transcrevo-vos parte do que de meu foi publicado em 6/2/1988:
Cumpriu-se
a profecia
Oh água salgada e disforme,
que meu olhar contempla,
Desta penedia chamada “Promontorium
Sacrum”,
Jamais pensarias que este
homem hirsuto, que tu vês,
De ti se viesse a servir – ó
“mare clausum”.
E então chamarei de toda a
parte
Todos os homens úteis para
que empresa tal
Seja levada a cabo para glória
Deste povo, desta terra –
Portugal.
E, assim, tal missão se
cumprirá
Para se atingir terras
distantes – ignotas,
Sofrendo, sulcando trilhos e
rotas.
Epopeia, assim, só um
cantou,
Homem probo de raíz, de
emoções,
É nosso, é do mundo, é
Camões.
Calafates –
precisam-se
Precisam-se calafates
Por esta terra além,
Pois mete-se tanta água
E sem culpa de ninguém.
Os “buracos” são tão grandes
Que não há quem os tape,
Pois engenho e arte
Só faz jus para o destape.
E assim andamos todos
Neste país sem rumo,
Todos falam sem recato
Já em nada há aprumo.
A brincar
se faz história
Estava Camões sentado
A um “canto” a magicar
Nos feitos do Navegador
Que deveria “cantar”.
Quando soube que no Porto
Alguém o queria fazer
Pensou n’ “O Comércio do
Porto”
Para tais feitos “verter”.
E assim aqui temos
Este singular jornal,
Em concurso tão singelo
Da História de Portugal.
José Amaral
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