«Sondagem demonstra que o eleitorado não quer um governo de
esquerda», assim se pronunciou o comentador sr. Joaquim Aguiar, perante uma
sondagem TVI, divulgada a 18 de Outubro, que atribuiria uma vitória à coligação
de direita PSD/CDS.
Além do inédito de sondagem, duas semanas após as eleições de
4 de Outubro, esta e o comentário inserem-se na campanha histérica e por vezes
ridícula (como a futebolística de Marques Mendes na SIC), contra a
possibilidade dum governo apoiado pela maioria parlamentar constituída pelos
deputados do PS, BE e PCP.
O PSD/CDS, e a sua afecta legião de comentadores, afirmam que
António Costa não disse que formaria um governo com o eventual apoio do BE e
PCP.
Também não disse o contrário. O que António Costa afirmou já
na pré-campanha eleitoral, em Guimarães, em 12 de Setembro, foi que «não faço
acordos com esta direita».
É duma inadmissível grande lata, que PSD/CDS que na campanha
eleitoral de 2011, proferiram um chorrilho de mentiras para enganar os
eleitores, pretendam agora invocar o que não se disse em 2015, só porque
democraticamente lhe foi retirada a maioria absoluta de deputados que detinham.
O pânico de PSD/CDS e da sua clientela, por perderem o poder
a que estão agarrados com unhas e dentes, leva-os aos mais absurdos comentários
e interpretações, para tentar alterar o que os portugueses decidiram, que está
na hora do seu governo ir embora.
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