Andamos todos por estes dias,- ou quase todos porque nisto da política nunca se sabe quem realmente está interessado e atento-, preocupados com a demora na formação do novo quadro parlamentar.
Quando no dia 04 de outubro, a coligação saiu vencedora das eleições, a maior parte ( aqueles que não votaram neles) pensou que la vinham mais quatro anos de uma austeridade cega e totalitária, imposta por um executivo que obedecia cegamente aos ditames da tão afamada Troika. Porém, aquilo que podia ao principio ter um augúrio de bom prenúncio - para quem votou na coligação - afigurou-se complicado, porque o líder do PS ( segundo partido mais votado), se dispôs em conversações com os partidos á sua esquerda, fazendo aquilo que vinha dizendo mesmo antes da campanha eleitoral: a de chamar á responsabilidade , os partidos que até então, estavam confortavelmente alocados numa base de protesto.
António Costa, soube atrever-se a chamar para si o centro da ação política e com isso desviar as atenções dos planos ideológicos da coligação. As negociações á esquerda, são um patamar histórico no que á governabilidade de Portugal diz respeito; há no entanto um certo número de pessoas, que vê está coligação á esquerda , como algo de apocalíptico. E eu questiono: porquê? Se ao longo dos anos , o poder de governar esteve confinado ao chamado "arco da governação" , não era altura de chamar á pedra, os designados partidos de protesto? Incluir PCP e BE, numa solução de governo, é vincular esses partidos a uma solução e não a um problema.
Estes partidos, que se foram afirmando através das opções ideológicas tomadas , manifestando sempre a preocupação com o supremo interesse nacional, têm aqui uma excelente oportunidade para demonstrarem na prática, aquilo porque se vinham batendo de forma tão inflamada ao longo dos anos.
Vejo, ouço e leio na comunicação social, o espanto por esta iniciatva liderada pelo PS em tomar as rédeas de uma situação que devia estar a ser comandada por quem ganhou as eleições. Mas não é assim que um partido responsável tem de se comportar? Estabelecer pontes de diálogo , com todos os parceiros partidários, por forma a garantir uma solução de governo estável e duradouro? Não era isso, que o sr. Presidente da Repulica, vinha dizendo ? Então, vem algum mal ao mundo, que tenhamos um governo de esquerda? Porque razão vai este possível governo falhar se ainda nem sequer está indigitado? Porque razão não podemos chamar á responsabilidade , partidos que durante anos apenas se limitaram a ecoar vozes de reclamação e protesto? Não vem nenhum mal ao mundo; todos têm que assumir as suas pretensões na hora de defender os interesses nacionais. Assim sendo, venha de la esse governo de esquerda, porque Portugal não pode esperar mais por uma solução que tarda em ser aprovada pelo sr. Presidente da República. Tenho dito.
A Direita tem verdadeiro pavor que a Esquerda possa demonstrar que há uma forma de governar diferenre, virada para Portugal e não para os traficantes da alta finança. Dizem os seus serventuários: "vamos voltar à bancarrota" ! Mas se eles pioraram tudo, se a dívida não parou de aumentar, se o endividamento das empresas e familias continuou a subir, a coisa nunca esteve tão rota como agora...
ResponderEliminarEste pessoal muito arreigado às tradições, como se a vida não fosse uma evolução permanente, anda muito incomodado com um eventual governo PS, com o apoio de outros partidos na Assembleia da República (que umas vezes é a casa do povo, outras não, conforme o momento e a conveniência). Calma, meus compatriotas, que o mundo não acaba já!
ResponderEliminarParece-me que uns quantos bem na vida querem perpetuar a sua luxuriante vida. E assim será, para a desgraça do povo que deles é capacho.
ResponderEliminarAo mundo não vai mal nenhum a Portugal vai todo.
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