quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Os "arquistas" do nosso descontentamento

A dúvida flutua sobre os tempos, os dias, as horas. Depois das certezas do dia 4 à noite, vencedores de um lado, vencidos do outro, eis que, sobre todos, cai o pegajoso smog, a esbater os perfis até então julgados nítidos. E por onde paira a dúvida? O elitista e exclusivo clube da governabilidade vai deixar entrar estranhos? Os interesses corporativos dos “arquistas” correm perigo? Aqueles que sempre foram trucidados por se eximirem a participar da governação (preguiça, cobardia, falta de propostas…) dispõem-se agora a colaborar com o poder? E com que direito? O engenhoso rótulo “ARCO DA GOVERNABILIDADE” poderá deixar de ter préstimo e os antigos excluídos até se sentirão iguais a “nós”, que tanta canseira tivemos para mostrar que “eles” são diferentes. Viremos a verberar tal gente, mas a contrario, apontando-lhe a sofreguidão do poder? Será mesmo dever dos partidos de “protesto” reivindicarem no terreno do Poder o peso da influência que averbaram no povo eleitor? Sim, “o pensamento que não age é uma traição”, dizia Vergílio Ferreira. A menos que os “arquistas” comprovem que “eles” continuam a comer criancinhas ao pequeno almoço…


PÚBLICO – 14.10.2015

3 comentários:

  1. Sobre 'comer criancinhas ao pequeno almoço' não sei nada, mas sei quem coma 'avozinhas'.

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  2. Até posso ir mais longe acrescentando que em 2007 a uma "bisavozinha" com cerca de 90 anos de idade, acamada, com uma reforma de pouco mais de duzentos euros, comeram um subsidio que se chamava salvo erro “Complemento de dependência".

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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