SEM ESPERANÇA
Já nem querem ser libertados
Os encarcerados
Tal o estertor
A que nos levaram
Os tais do rigor.
Chegada a hora sonhada
Cumprida a pena aplicada
Já preferem as grilhetas
A ter de enfrentar as tretas
Da liberdade aleijada!
Idosos são despejados
Por filhos desesperados
Sem saber o que fazer
Em hospitais já lotados
E esses indesejados
Teimando em não morrer…
A escala de valores
De pernas para o ar
Invertida
Tantos a viver horrores
Crianças a definhar
Sem guarida.
Tão poucas e maltratadas
Sem um arrimo seguro
Cruelmente despojadas
Ficando já tão marcadas
Choremos pelo futuro!
Amândio G. Martins
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