Dizem-me, e nem quero acreditar, que o cabeça de lista pela coligação PAF para a Guarda, tinha escrito que "Portugal tinha sido contaminado pela peste grisalha em referência ao aumento da população idosa". Ainda incrédulo daquilo que tinha ouvido, ligo o televisor e vejo um adepto de futebol à saída do estádio a ser entrevistado e a proferir o seguinte desabafo: não foram eles que ganharam, fomos nós que perdemos. Após meditar nestas duas frases, não pude deixar de fazer uma analogia entre elas e que esclarecerei. É inegável que este governo, impondo enormes sacrifícios à generalidade da população, conseguiu afastar-nos do abismo para que caminhávamos e portanto, neste aspecto, Portugal está bem melhor, sem estar bem. Infelizmente, Passos Coelho (PC), conforme tenho vindo a alertar desde o inicio da sua governação, é dotado de uma grande inabilidade política, muitas vezes com consequências gravosas, como o exemplo ter sido ele próprio a escolher o tal candidato acima referido, dando a impressão que está de acordo com ele. Ora, um dirigente com as responsabilidades de PC devia, no mínimo, instaurar-lhe um processo propondo a sua expulsão do partido. Ao actuar daquela forma, PC está a oferecer a victória de bandeja ao adversário, que, não tenhamos quaisquer dúvidas que nos irá encaminhar para novo resgate a exemplo dos três pedidos de ajuda anteriores e assim sendo, o povo tão sacrificado jamais lhe perdoará tal derrota. Jorge Morais
Publicada no Jornal DESTAK em 01.10.2015
No que toca ao ponto da discriminação, completamente de acordo. Mas, se o autor me permite ir um pouco mais longe, eu dirigir-me-ia não só ao PSD, mas a todos os outros partidos aonde possam existir segregacionistas de outros seres humanos. De pretos, ciganos, muçulmanos, judeus, pobres, gays, mulheres, crianças, portistas ou benfiquistas, e, claro está, de velhos e grisalhos.
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