quarta-feira, 7 de outubro de 2015

NÓS GOSTAMOS DISTO, E PRONTO!

Está provadíssimo que gostamos disto. Logo, é legítimo que queiramos mais. E ninguém tem nada com isso, diria o simplório da aldeia. Podiam-se elencar as “benesses” com que a coligação governamental nos mimoseou durante estes quatro anos, mas não vale a pena. Ficámos a gostar e, paciência, queremos mais. Será possível olhar para isto tudo de outro ângulo? Claro, gostamos tanto de eleições que, quantas mais, melhor. Portanto, acabámos de criar as condições para, antes dos quatro anos da praxe, sermos chamados novamente às urnas, dê lá o que der. O que eu realmente dispensava era o “gozo” do sr. Schäuble: que foi boa a ideia da austeridade, diz ele. Não me consta que os seus piores inimigos se congratulassem por alguém, criminosamente, o ter incapacitado para sempre mas, mesmo que o tivessem feito, não deveria sentir-se legitimado para exprimir tanta “alegria” pelas entorses, paralisias e amputações que sofremos via austeridade. Dispenso o “gozo” e, já agora, os “benefícios”.

Malgré lui, com tudo muito bem pesado, até me sinto um pouquinho mais tranquilo do que antes das eleições. Nem tudo é mau.

2 comentários:

  1. "A democracia é a pior forma de governo, à excepção de todos os já experimentados" - dizia Churchill. E a verdade é que uma coligação que teve menos de 20% dos eleitores inscritos para votar sentir-se legitimada para mandar nos outros 80%, demonstra que, realmente, este é um sistema "paralítico"...

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