quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Qual é a pressa?

Não tão de repente assim, o caso do ex-1º ministro Sócrates deu uma reviravolta para se manter no mesmo sítio, embora se tenha agora transformado num caso de polémica entre magistrados. Os juízes das varas superiores andam às turras e quase se processam uns aos outros, a imitar personagens aos chutos em canal leaks de bola tricolor com cheiro a peixe, tal é o litígio que os opõe provocado pelo acórdão dos juízes-desembargadores que decidiram sem apelo mas com desagravo o fim do segredo de justiça do processo em que é arguido, hoje em modo light, o ex-preso 44 e o Ministério Público. Está claro e bem evidente que o Ministério Público usa e abusa de todas as manobras, fait-divers, expedientes de chico espertice, que travem uma decisão lavrada por juízes eleitos e para ser cumprida, só para adiar o mais que puder e o manter "preso noutra gaiola" até 24 novembro pelo menos, nas condições processuais secretas actuais, que proíbem os advogados de defesa do arguido, de terem acesso livre a maior esclarecimento deles e de nós, sobre a matéria de que o ex-governante está acusado. Estes incidentes entre estas "forças da justiça" que se bloqueiam, demonstram no imediato, que os casos em tribunal que traz atado  gente graúda, dependem muito de quem os analisa, de quem parece exercer vingança, de quem quer ocultar verdades ou mentiras e manietar contra a Lei os incriminados sem culpa formada. "Forças" afinal que não acatam a decisão perentória tomada e sem recurso por quem de direito. Com tal prática, o Ministério Público parece querer agradar a sectores sem rosto apoiado em razões que a razão desconhece, mas que prefigura violação da própria Legalidade. Como pagantes no papel de mexilhão desta Justiça, aguardamos expectantes qual vai ser o desfecho desta caldeirada com sabor a conluios e rivalidades entre magistraturas.

        

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