quinta-feira, 9 de março de 2017

Paradoxo fatal


As civilizações quanto mais se sofisticaram mais lixo de toda a espécie foram produzindo.
Os recursos naturais têm e são extraídos, usados e esbanjados até quase à sua exaustão.
A Terra – o nosso comum lar – não pode e não deve continuar a ser tão maltratada.
Sucatas, lixeiras, ataques ambientais continuados estão a matá-la. E, com ela, nós também, até à extinção da espécie.
E, todos os dias, muitíssimos bens, naturais e manufacturados, são lixo quase de imediato, para que o mercado da oferta e da procura continue na sua senda destruidora e no encher os odres de alguns em detrimento de milhões de seres.
Os sobejos de hoje seriam um maná de ontem, e tal desaproveitamento contribuirá num futuro próximo para o fim de todos os tempos, tal como nós conhecemos.
Inexoravelmente, chegará o dia ou a noite em que jamais haverá futuro. E nada será como dantes, como hoje ou amanhã, porque o infinito é incomensuravelmente infinito, e porque nós somos apenas micro seres existenciais com um termo de validade sempre fora de prazo.


José Amaral

5 comentários:

  1. De facto, meu Caro Amigo, sempre fora de prazo, porque estamos "a prazo" por tempo incerto.
    Um abraço.

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  2. Não sei se tiveram conhecimento ( a notícia, se a houve, passou como cão por vinha vindimada) foi dito, na Cimeira Mundial dos Oceanos, em Bali, que 8 milhões de toneladas de plásticos vão, por ano, parar aos oceanos. E que, a continuar assim, em 2050, haverá lá mais plástico que peixe. ( vou escrever qualquer coisa sobre isto)

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    1. Assim em vez de "pescarmos peixe", "plastificaremos plástico"... no mesmos mares... Redundâncias!
      Perdoe-se-me o "humor mais que negro"...

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  3. É efectivamente negro, como breu! Mas olhe, amigo Fernando, arrancou-me uma gargalhada. Obrigado!

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