sábado, 11 de março de 2017


PÚBLICO 11. MARÇO. 2017




Estamos a consumir demasiado e a crédito



Voltámos a um certo consumo excessivo e em simultâneo a fazê-lo a crédito.



 Estamos a ir pedir emprestado dinheiro que teremos de mais tarde de pagar, em situações, ao que parece, que não são assim tão essenciais, e que nos comprometem o futuro.



Muito do que consumimos a crédito é importado.



Dinheiro que sai e que não é para investimentos produtivos ou poupanças futuras!



Claro que o Governo anterior teve “prazer” em nos amesquinhar, em nos fazer pobretes, em cortar para além do que os nossos credores externos exigiam, vulgo troika, e ainda para agravar deixou “situações” descontroladas, que hoje estão a ter de ser resolvidas, como off shores e não só.



Mas como sempre a “culpa irá morrer solteira”.



O Governo actual bem tentou dar ânimo às pessoas, num tempo difícil. Mas tudo terá d ter um limite, para não estarmos a aumentar créditos malparados.



Temos de ter qualidade de vida — que nem sempre dinheiro para grandezas nos dará —, mas dentro de limites exequíveis.



Esperamos também ter futuro, ou seja, amanhã — e amanhã não viver só para minguar às dívidas feitas hoje.





A. Küttner de Magalhães, Porto

2 comentários:

  1. Olá Augusto. Ontem e hoje você, como diriam alguns, quase fez o "pleno". Publicado no Expresso e no Público e hoje aqui blogue. Bom, no Expresso era o mesmo texto mas... um texto diferente. O mesmo título, o mesmo conteúdo genérico mas mais " objectivo e discriminado" nas pessoas a quem se dirigia, embora "amputado" do último parágrafo pelo semanário. O que não é despiciendo.
    Bom, mas a razão que aqui me traz, é a manifestação duma certa "surpresa". Sei que refere o que nos fez os Passos/Portas/troika e o lamenta, mas não acha que, no momento em que os volumes de dinheiro que verdadeiramente condicionam a dívida, voam "à tripa forra", relevar os gastos dos que pouco ou nada têm, é "dar corda" aos "homens dos offshores" e a quem os teoriza? Ou seja, aqueles que diziam que "estávamos (nós?) a gastar demais"?...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro Fernando, obrigado pelos seus comentários.

      Penso que não devemos olhar só para um lado do problema, e, como sabe sempre fui e sou contra os pensamentos e actuações de Passos Coelho e Paulo Portas, logo, quanto a isso estamos entendidos.


      Quanto aos gastos supérfluos, parece-me - mas.............- que deveriam ser refreados, dado que se andar como anda por certo pelas ruas aqui do Porto, vai vendo Mercedes, BMW, etc....novos, de Março, Fevereiro e Janeiro, e de 2016......aos montes, e por certo não serão todos pagos a pronto, mas ,a maioria a crédito.....logo ....mal direccionado...

      E, o mesmo com novas construções, havendo tantas recentes ao abandono.

      Como sabe, isto ajuda ao mal-parado da nossa banca e somos nós que depois o iremos pagar....sacam-nos aos impostos.....e não se investe onde deve ser investido.....

      Quanto a offshorees, corrupção, etc.................etc...se a Justiça funcionasse, a sério para todos.

      Um abraço Fernando do

      Augusto

      Eliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.