segunda-feira, 13 de março de 2017

Substantivos em 3G+D

Governantes, Gestores, Gatunagem, são substantivos que explicam muito sobre o descalabro e o caos que se passa no país a nível económico e financeiro. Todos os implicados nos colossais buracos e alçapões, na gestão no Banco de Portugal, no BES, na CGDepósitos, nas off-shores com ex-secretário à cabeça e advogado de manigâncias múltiplas, e outras Instituições que aqui não se nomeiam e que já nos custaram as meninas dos olhos, estejam eles em que funções estão ou estiveram, são levados a uma inútil Comissão de Inquirição no Parlamento, constituída por eleitos políticos idênticos no carácter, para darem explicações sobre a sua conduta enquanto administradores e guardiões do dinheiro que lhes não pertencia, mas que eles desbarataram, levando à ruína o país, e empobreceram o povo cada vez mais, e no fim das audições a todos os chamados a depor e a darem a versão mais estapafúrdia para se limparem dos crimes cometidos, saem de lá todos sorridentes, abraçados, em direcção ao almoço ou jantar, conjunto. Nada mais lhes acontece, se não um arroto para aliviar os gases que o repasto provocou. Todos regressam aos seus ricos e luxuosos lares, incólumes, e quase impolutos, não fosse uma mancha de gordura na gravata que salpicou à mesa. Nada lhes é exigido além do paleio estudado e orientado. E têm sempre quem os compreenda. Entendem tais amigalhaços compreensivos, que os responsáveis pela desgraça nas contas públicas e falências desses importantes sectores financeiros e que provocaram a derrocada da economia portuguesa, não devem ser sujeitos se não a uma insípida repreensão, e nunca a condenação pelo pesadelo causado, pelos Trinunais, e consequente prisão. Que nem sequer devem ser sujeitos a julgamento na praça pública, coitadinhos. Devem apenas servir de exemplo e de aprendizagem, passada que lhes foi uma esponja pelas suas actuações, para que nunca mais os erros cometidos que lesaram gravemente o país e o povo pagante e martirizado por sacrifícios para fugir às penhoras, pelo fisco, dos penicos de cerâmica ou esmaltados, não se voltem a repetir. Até os criminosos deste calibre, beneficiam do apoio dos críticos e intelectuais(!), escondam-se eles atrás da máscara de deputados, administradores, jornalistas, comentadores, analistas, que chegado o momento da verdade e de chamarem os bois pelos nomes, viram comparsas e juntam-se assim aos 3G+D. Sendo D, do substantivo - Demagogos. Com substantivos com este peso, não se compreende por que razão a cela número 44 em Évora, continua por ocupar, sabendo nós que tal lugar, não é um paraíso fiscal!


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