sexta-feira, 14 de agosto de 2015

É a hora!

O desencanto floresceu no meu país!
O que foi sonho fundiu em pesadelo!
Calar mais tempo, era traição fazê-lo
Não sobrevive a árvore sem raiz!

O povo somos todos, nascidos em pátrio solo
Não apenas a turba, a plebe explorada,
Capacho dos senhores, que a querem conservada
E a adormecem com música de um só solo!

Neste antro de leões não pode haver cordeiro
Que faça ouvir o seu balir sereno!
Neste festim não come a vaca o feno
Enquanto houver a fava e o centeio!

O sol fica escondido e não levanta!
As palavras ficam mortas na garganta
-“O rei vai nu!”- Ninguém ousa dizer!

Contra a inércia, não nasce em ti a ira?!
Tira os teus pés da estrada da mentira!
Levanta-te e grita… e o dia há-de nascer!

Joaquim Carreira Tapadinhas - Montijo


7 comentários:

  1. Bonito grito contra a inércia deste povo. Que o povo se levante e grite ... para que o sol da esperança volte a raiar. Obrigado pelo poema
    Caro amigo Joaquim Tapadinhas.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. "Não há machado que corte a raiz ao pensamento" Amândio

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  4. Tenhamos a esperança bastante para pormos na prática a vontade indómita de quebrar as algemas que há muito nos tolhem os movimentos libertadores, rumo a um futuro melhor.

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  5. O dia vai nascer, façamos da sua celebração, de novo dia, o dia dos nossos sonhos, um dia verdadeiramente belo e cristalino.
    Abraço fraterno.

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