O cidadão Horta Osório, um dos banqueiros de top europeu,
quiçá mundial, palestrou a convite da reitoria laranja nas suas universidades
de verão, para colmatar o analfabetismo político que grassa nas gentes de
Portugal.
E, às tantas, o douto crânio ao serviço do deus capital,
afirmou com toda a sapiência que se impunha que só vamos para a frente com mais
reformas estruturais.
Mas quais e que mais? Só se for para esmagar de vez os
mesmos de sempre, ou continuar-se na senda do apadrinhamento de todos aqueles
‘cordeiros’ de topo que têm desgraçado o país, obrigando ao êxodo de muitas
centenas de milhar de compatriotas, fugindo – migrando – para sempre da terra
que os viu nascer, mas nela coagidos a terem somente ‘uma mão à frente e outra
atrás’ para viver.
Parece-me que, após a privatização dos CTT, logo se pensou
formar um banco – o Banco CTT. E, de facto, assim foi, uma vez que hoje, 25/8,
num telejornal, isso ouvi.
Portanto, mais um quinhão de grande valor estratégico e
financeiro que cai nas mãos não sei de quem.
Lembro a todos que, aquando da minha vida de bancário, entre
1969 e 1996, já nessa altura se falava na criação de um banco postal. Todavia,
os nossos ‘íntegros’ governantes e seus dilectos conselheiros nunca pensaram em
tal facto, ou talvez o tivessem deixado a cozinhar em lume brando, a fim de o
sector privado, mais uma vez, obtenha de mão beijada ou por tuta e meia aquilo
que há muito tinha em mente.
Ou será que tenho uma mente perversa?
José Amaral
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