Há pra aí tanto doutor
Gente tão importante,
Santos de pau no andor
Sem qualquer saber bastante.
E quando estão no poleiro
São autênticos mixordeiros,
Agentes de mau agoiro
Enchendo só seus celeiros.
E os contribuintes
Que à força isso fazem?
Não passam de pedintes
Face a tanta vilanagem.
Antes havia um ditador
Que dizem de má memória,
Hoje qualquer estupor
Ultrapassa-o na História.
Temos muitos democratas
Com casacas multicor,
Acenando-lhes com patacas
Logo eles mudam de cor.
E muitos deles não passam
De autênticos caciques,
Tudo a seu favor destilam
No melhor dos alambiques.
Levam vida muito faustosa
À custa do Zé-povinho,
E este, sem cheta, nada goza,
Mirrado, fica sequinho.
Andam sempre a pedir
‘dêem-nos o vosso voto’;
Mais valera fugir
A tanto impuro devoto.
José Amaral
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