A acutilante deputada Mariana Mortágua, agora mais conhecida
por causa da sua participação muito activa e assertiva na Comissão de Inquérito
Parlamentar acerca do fenomenal roubo e desaparecimento do BES, no meu entender,
não disse tudo no seu artigo de opinião ‘Era uma Vez’, no Café da Manhã, do JN
de 11/8.
Eu penso que o dinheiro nunca se evapora. O que acontece é
que vai parar a mãos indevidas, que não geram riqueza colectiva, nem dão
equidade a todos os componentes da sociedade em causa.
Ele, o vil mas também necessário dinheiro, é desviado por
maus políticos para si mesmos, para amigos de peito, para banqueiros corruptos,
e para ladrões de alto coturno, numa teia tenebrosa de desgraça colectiva
acumulada.
A estória da nota de cem euros que andou de mão em mão e que
tudo saldou naquela pequena aldeia – que eu já conhecia – é bem elucidativa do
que seria possível harmonizar e colmatar o ‘deve e o haver’ de um Estado e do
Povo que nele vive, sem haver a mais leve necessidade de grandes apertos para
aqueles que nada podem e nem sequer foram tidos nem achados nesse círculo
vicioso de se viver quase sempre à beira da bancarrota, pelo menos no mais
recente período, inferior a quarenta anos, de muito desvario colectivo e de más
governações a todo o vapor.
José Amaral
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