quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Quem são eles, e nós quem somos?


Têm ordenados elevados,
Mordomias sem limites.
Nós, cidadãos condenados,
Por tais ladrões de apetites.

Andam em bons carrões
Com ventilação automática,
São os novos cabrões
Desta sociedade anacrónica.

Em vez de servirem o Povo
Que lhes confere o poleiro,
Vivem como um nababo
À custa do povo inteiro.

Os políticos são megalómanos
O Povo, por isso, não é,
Somos uns pobres humanos
Ao sabor de qualquer maré.

Uns vivem em stress
No correr do dia-a-dia,
Outros vão para o Guinness
Excêntricos por um dia.

Seus feitos são muitos
Gostando de dar nas vistas,
Depois de feitos tais feitos
Restam-lhes ser malabaristas.

Temos a maior bicicleta
E a maior francesinha,
Pão com chouriço pró atleta
E um chourição para a vizinha.

E neste turbilhão:
‘deixa andar, depois se vê’,
Os desígnios da nação:
- O que serão, serão o quê?


José Amaral

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