AO MEU AVÔ JOÃO
MIGUEL
Sem te poder
conhecer
Ao menos
embevecer
Porque
cheguei atrasado;
Bem cedo pude
entender
Como eras
estimado.
De Serreleis
oriundo
Com Viana ali
ao fundo
E a Gondufe
ligado;
Conhecias
meio mundo
Pelas funções
de “louvado”.
Zaragata
recorrente
Incomodando a
gente
Em feiras e
romarias;
Acabava de
repente
Constando que
tu lá ias…
Podia não ser
verdade
Não passar de
falsidade
Que ali te
deslocavas;
Mas a
possibilidade
Dava um fim
às pauladas.
Bastava que
se ouvisse
Pelo velho
diz que disse
No animado
aranzel:
“Rapazes,
parem com isso
Anda aí João
Miguel!”
E voltava o
sossego
Adiavam o “folguedo”
Antes que tu
assistisses;
Não porque
tivessem medo
Tinham
vergonha que visses…
Amândio G.
Martins
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