MIL CONTOS
POR MINUTO!
“Leitor
destas linhas: cada vez que o relógio do tempo da sua cidade ou da sua aldeia
fizer soar os quartos ou as meias horas, todos os seus pensamentos poderão
dirigir-se para essa torrenre imparável de ECU que vão entrar nos cofres do
Estado.
Por cada
minuto dos sessenta que tem uma hora, qualquer coisa como mil contos; por cada
hora, o jackpot salta para sessenta mil contos; em cada dia, o generoso pingo
comunitário lança um milhão e quinhentos mil contos na bolsa do “grande
patrão”. E estas contas, se pecarem, será sempre por defeito.
Edimburgo
duplicou as ajudas comunitárias. As castanholas sevilhanas de Felipe Gonzales
bateram o pé aos senhores da Europa como num baile cigano dançado a preceito e curtido
com raiva. E Cavaco Sila duplicou o seu optimismo. Com ECU jorrando em cascata
– e é apenas um inocente atrevimento caricatural – até um coxo aprende a
caminhar sem muletas.
O dinheiro
que jorrou abundantemente, nos últimos quatro anos, proporcionou um impacte de
0,7 na taxa de crescimento que andará neste momento pelos 2% a 2.5%. Apesar do
crescimento, fecharam fábricas e escritórios, aumentaram os despedimentos e os
salários em atraso, cresceu o emprego precário, formaram-se contingentes de
disponíveis na Função Pública, quem não tiver dinheiro para um seguro-poupança
irá mais cedo para os bancos do jardim e, finalmente os subsídios para os
jovens casados sem casa não passaram de um sólido contributo para o
enriquecimento dos manuais do humor europeu.
Os novos
montantes – afirmam responsáveis da CE – garantem um crescimento de 1% à
economia portuguesa e vão compensar os efeitos negativos que acarreta a chamada
convergência nominal, em que Portugal se obriga a baixar a inflacção e o défice
orçamental. À custa de quê? E de quem?
À custa dos
contribuintes, que se preparam para ter tudo mais caro no ano que vem.Ao Estado
não faltam boas razões para se sentir compensado: Edimburgo encheu-lhe o cabaz
com pipas de ECU e muitos laçarotes. As boas-festas de muitos milhares de
portugueses é que não vão passar de uma celebração famélica à volta de um
“Menino Jesus pedinte entre os pedintes”, feito de barro pintado. Muitas
empresas - todos o sabem – aos salários em atraso dos seus trabalhadores juntam
a impossibilidade de pagarem o subsídio de Natal. Ao menos que lhes fosse dada
a possibilidade de os compensar com uma minúscula máquina de calcular. Para
quê? Para os ajudar a converter os ECU comunitários e a confrontar os valores
encontrados com a miséria envergonhada em que sobrevivem, numa Europa sem
fronteiras, por onde passa também a circular muita miséria e muito desconsolo.”
Nota – Este
texo é transcrição de um artigo do jornalista Fernando Antunes, do Jornal de
Notícias, em que descreve uma nova enxurrada de dinheiro, era primeiro-ministro
Cavaco Silva, como da leitura se depreende. Este marco da nossa desgraça herdou
a papinha toda feita, teve tudo para encaminhar o nosso país pela via do progresso
mas, dos biliões em torrente caudalosa que lhe coube gerir, grossa fatia foi
para fazer luzir tudo quanto “pertencia” ao laranjal , que ainda hoje arrota
alto e tece loas ao “grande líder”…
Mas dá vontade
de chorar só de pensar como podíamos viver hoje, se nessa época tivéssemos tido
como líder um político realmente competente e com estofo de estadista!
Amândio G.
Martins
MIL CONTOS
POR MINUTO!
“Leitor
destas linhas: cada vez que o relógio do tempo da sua cidade ou da sua aldeia
fizer soar os quartos ou as meias horas, todos os seus pensamentos poderão
dirigir-se para essa torrenre imparável de ECU que vão entrar nos cofres do
Estado.
Por cada
minuto dos sessenta que tem uma hora, qualquer coisa como mil contos; por cada
hora, o jackpot salta para sessenta mil contos; em cada dia, o generoso pingo
comunitário lança um milhão e quinhentos mil contos na bolsa do “grande
patrão”. E estas contas, se pecarem, será sempre por defeito.
Edimburgo
duplicou as ajudas comunitárias. As castanholas sevilhanas de Felipe Gonzales
bateram o pé aos senhores da Europa como num baile cigano dançado a preceito e curtido
com raiva. E Cavaco Sila duplicou o seu optimismo. Com ECU jorrando em cascata
– e é apenas um inocente atrevimento caricatural – até um coxo aprende a
caminhar sem muletas.
O dinheiro
que jorrou abundantemente, nos últimos quatro anos, proporcionou um impacte de
0,7 na taxa de crescimento que andará neste momento pelos 2% a 2.5%. Apesar do
crescimento, fecharam fábricas e escritórios, aumentaram os despedimentos e os
salários em atraso, cresceu o emprego precário, formaram-se contingentes de
disponíveis na Função Pública, quem não tiver dinheiro para um seguro-poupança
irá mais cedo para os bancos do jardim e, finalmente os subsídios para os
jovens casados sem casa não passaram de um sólido contributo para o
enriquecimento dos manuais do humor europeu.
Os novos
montantes – afirmam responsáveis da CE – garantem um crescimento de 1% à
economia portuguesa e vão compensar os efeitos negativos que acarreta a chamada
convergência nominal, em que Portugal se obriga a baixar a inflacção e o défice
orçamental. À custa de quê? E de quem?
À custa dos
contribuintes, que se preparam para ter tudo mais caro no ano que vem.Ao Estado
não faltam boas razões para se sentir compensado: Edimburgo encheu-lhe o cabaz
com pipas de ECU e muitos laçarotes. As boas-festas de muitos milhares de
portugueses é que não vão passar de uma celebração famélica à volta de um
“Menino Jesus pedinte entre os pedintes”, feito de barro pintado. Muitas
empresas - todos o sabem – aos salários em atraso dos seus trabalhadores juntam
a impossibilidade de pagarem o subsídio de Natal. Ao menos que lhes fosse dada
a possibilidade de os compensar com uma minúscula máquina de calcular. Para
quê? Para os ajudar a converter os ECU comunitários e a confrontar os valores
encontrados com a miséria envergonhada em que sobrevivem, numa Europa sem
fronteiras, por onde passa também a circular muita miséria e muito desconsolo.”
Nota – Este
texo é transcrição de um artigo do jornalista Fernando Antunes, do Jornal de
Notícias, em que descreve uma nova enxurrada de dinheiro, era primeiro-ministro
Cavaco Silva, como da leitura se depreende. Este marco da nossa desgraça herdou
a papinha toda feita, teve tudo para encaminhar o nosso país pela via do progresso
mas, dos biliões em torrente caudalosa que lhe coube gerir, grossa fatia foi
para fazer luzir tudo quanto “pertencia” ao laranjal , que ainda hoje arrota
alto e tece loas ao “grande líder”…
Mas dá vontade
de chorar só de pensar como podíamos viver hoje, se nessa época tivéssemos tido
como líder um político realmente competente e com estofo de estadista!
Amândio G.
Martins
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarFelizmente ainda temos políticos sérios, competentes, empenhados, patriotas, sendo Sua Excelência o Professor Cavaco Silva um dos expoentes máximos.
ResponderEliminarA inveja nuns e a mediocridade noutros são os atributos de muitos.
É pena que muitas pessoas não sejam como as víboras, deveriam trincar a língua e morrer com o seu próprio veneno.
Bem dito e bem observado Sr. Araújo, que julgo ser um pseudónimo do Presidente Cavaco Silva!
ResponderEliminarDeve ser isso, sim, senhor Joaquim Tapadinhas... Mas, enfim, quem o feio ama, bonito lhe parece. Dizia o grande "filósofo" Sancho Pança: Cada um é como Deus o fez e às vezez muito pior...
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAconselho o individuo Górgias a ir viver para a Coreia do norte, Cuba, Venezuela ou outro regime esquerdista onde possa servir os seus ditadores e assim sentir-se feliz, pondo em pratica os seus instintos mais primários como o totalitarismo, a tortura, o assassinato, a extorsão, a violação, etc.
ResponderEliminarOs seus textos denotam um ser tão desequilibrado que sinceramente chego a ter pena de si.
Dos insignificantes não reza a historia.