quinta-feira, 20 de agosto de 2015

MIL CONTOS POR MINUTO

                                  MIL CONTOS POR MINUTO!
“Leitor destas linhas: cada vez que o relógio do tempo da sua cidade ou da sua aldeia fizer soar os quartos ou as meias horas, todos os seus pensamentos poderão dirigir-se para essa torrenre imparável de ECU que vão entrar nos cofres do Estado.
Por cada minuto dos sessenta que tem uma hora, qualquer coisa como mil contos; por cada hora, o jackpot salta para sessenta mil contos; em cada dia, o generoso pingo comunitário lança um milhão e quinhentos mil contos na bolsa do “grande patrão”. E estas contas, se pecarem, será sempre por defeito.
Edimburgo duplicou as ajudas comunitárias. As castanholas sevilhanas de Felipe Gonzales bateram o pé aos senhores da Europa como num baile cigano dançado a preceito e curtido com raiva. E Cavaco Sila duplicou o seu optimismo. Com ECU jorrando em cascata – e é apenas um inocente atrevimento caricatural – até um coxo aprende a caminhar sem muletas.
O dinheiro que jorrou abundantemente, nos últimos quatro anos, proporcionou um impacte de 0,7 na taxa de crescimento que andará neste momento pelos 2% a 2.5%. Apesar do crescimento, fecharam fábricas e escritórios, aumentaram os despedimentos e os salários em atraso, cresceu o emprego precário, formaram-se contingentes de disponíveis na Função Pública, quem não tiver dinheiro para um seguro-poupança irá mais cedo para os bancos do jardim e, finalmente os subsídios para os jovens casados sem casa não passaram de um sólido contributo para o enriquecimento dos manuais do humor europeu.
Os novos montantes – afirmam responsáveis da CE – garantem um crescimento de 1% à economia portuguesa e vão compensar os efeitos negativos que acarreta a chamada convergência nominal, em que Portugal se obriga a baixar a inflacção e o défice orçamental. À custa de quê? E de quem?
À custa dos contribuintes, que se preparam para ter tudo mais caro no ano que vem.Ao Estado não faltam boas razões para se sentir compensado: Edimburgo encheu-lhe o cabaz com pipas de ECU e muitos laçarotes. As boas-festas de muitos milhares de portugueses é que não vão passar de uma celebração famélica à volta de um “Menino Jesus pedinte entre os pedintes”, feito de barro pintado. Muitas empresas - todos o sabem – aos salários em atraso dos seus trabalhadores juntam a impossibilidade de pagarem o subsídio de Natal. Ao menos que lhes fosse dada a possibilidade de os compensar com uma minúscula máquina de calcular. Para quê? Para os ajudar a converter os ECU comunitários e a confrontar os valores encontrados com a miséria envergonhada em que sobrevivem, numa Europa sem fronteiras, por onde passa também a circular muita miséria e muito desconsolo.”
Nota – Este texo é transcrição de um artigo do jornalista Fernando Antunes, do Jornal de Notícias, em que descreve uma nova enxurrada de dinheiro, era primeiro-ministro Cavaco Silva, como da leitura se depreende. Este marco da nossa desgraça herdou a papinha toda feita, teve tudo para encaminhar o nosso país pela via do progresso mas, dos biliões em torrente caudalosa que lhe coube gerir, grossa fatia foi para fazer luzir tudo quanto “pertencia” ao laranjal , que ainda hoje arrota alto e tece loas ao “grande líder”…
Mas dá vontade de chorar só de pensar como podíamos viver hoje, se nessa época tivéssemos tido como líder um político realmente competente e com estofo de estadista!

Amândio G. Martins

                                   MIL CONTOS POR MINUTO!
“Leitor destas linhas: cada vez que o relógio do tempo da sua cidade ou da sua aldeia fizer soar os quartos ou as meias horas, todos os seus pensamentos poderão dirigir-se para essa torrenre imparável de ECU que vão entrar nos cofres do Estado.
Por cada minuto dos sessenta que tem uma hora, qualquer coisa como mil contos; por cada hora, o jackpot salta para sessenta mil contos; em cada dia, o generoso pingo comunitário lança um milhão e quinhentos mil contos na bolsa do “grande patrão”. E estas contas, se pecarem, será sempre por defeito.
Edimburgo duplicou as ajudas comunitárias. As castanholas sevilhanas de Felipe Gonzales bateram o pé aos senhores da Europa como num baile cigano dançado a preceito e curtido com raiva. E Cavaco Sila duplicou o seu optimismo. Com ECU jorrando em cascata – e é apenas um inocente atrevimento caricatural – até um coxo aprende a caminhar sem muletas.
O dinheiro que jorrou abundantemente, nos últimos quatro anos, proporcionou um impacte de 0,7 na taxa de crescimento que andará neste momento pelos 2% a 2.5%. Apesar do crescimento, fecharam fábricas e escritórios, aumentaram os despedimentos e os salários em atraso, cresceu o emprego precário, formaram-se contingentes de disponíveis na Função Pública, quem não tiver dinheiro para um seguro-poupança irá mais cedo para os bancos do jardim e, finalmente os subsídios para os jovens casados sem casa não passaram de um sólido contributo para o enriquecimento dos manuais do humor europeu.
Os novos montantes – afirmam responsáveis da CE – garantem um crescimento de 1% à economia portuguesa e vão compensar os efeitos negativos que acarreta a chamada convergência nominal, em que Portugal se obriga a baixar a inflacção e o défice orçamental. À custa de quê? E de quem?
À custa dos contribuintes, que se preparam para ter tudo mais caro no ano que vem.Ao Estado não faltam boas razões para se sentir compensado: Edimburgo encheu-lhe o cabaz com pipas de ECU e muitos laçarotes. As boas-festas de muitos milhares de portugueses é que não vão passar de uma celebração famélica à volta de um “Menino Jesus pedinte entre os pedintes”, feito de barro pintado. Muitas empresas - todos o sabem – aos salários em atraso dos seus trabalhadores juntam a impossibilidade de pagarem o subsídio de Natal. Ao menos que lhes fosse dada a possibilidade de os compensar com uma minúscula máquina de calcular. Para quê? Para os ajudar a converter os ECU comunitários e a confrontar os valores encontrados com a miséria envergonhada em que sobrevivem, numa Europa sem fronteiras, por onde passa também a circular muita miséria e muito desconsolo.”
Nota – Este texo é transcrição de um artigo do jornalista Fernando Antunes, do Jornal de Notícias, em que descreve uma nova enxurrada de dinheiro, era primeiro-ministro Cavaco Silva, como da leitura se depreende. Este marco da nossa desgraça herdou a papinha toda feita, teve tudo para encaminhar o nosso país pela via do progresso mas, dos biliões em torrente caudalosa que lhe coube gerir, grossa fatia foi para fazer luzir tudo quanto “pertencia” ao laranjal , que ainda hoje arrota alto e tece loas ao “grande líder”…
Mas dá vontade de chorar só de pensar como podíamos viver hoje, se nessa época tivéssemos tido como líder um político realmente competente e com estofo de estadista!

Amândio G. Martins

7 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Felizmente ainda temos políticos sérios, competentes, empenhados, patriotas, sendo Sua Excelência o Professor Cavaco Silva um dos expoentes máximos.
    A inveja nuns e a mediocridade noutros são os atributos de muitos.
    É pena que muitas pessoas não sejam como as víboras, deveriam trincar a língua e morrer com o seu próprio veneno.

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  3. Bem dito e bem observado Sr. Araújo, que julgo ser um pseudónimo do Presidente Cavaco Silva!

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  4. Deve ser isso, sim, senhor Joaquim Tapadinhas... Mas, enfim, quem o feio ama, bonito lhe parece. Dizia o grande "filósofo" Sancho Pança: Cada um é como Deus o fez e às vezez muito pior...

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Aconselho o individuo Górgias a ir viver para a Coreia do norte, Cuba, Venezuela ou outro regime esquerdista onde possa servir os seus ditadores e assim sentir-se feliz, pondo em pratica os seus instintos mais primários como o totalitarismo, a tortura, o assassinato, a extorsão, a violação, etc.
    Os seus textos denotam um ser tão desequilibrado que sinceramente chego a ter pena de si.
    Dos insignificantes não reza a historia.

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