domingo, 30 de agosto de 2015

POETA CONSUMIDO

A TRAÇO LARGO
Neste mundo deu entrada
Pela “Casa da Seara”
Mas cedo se viu mudado;
Alargando horizontes
Andou por vales e montes
Num tempo bem animado!.
Vida cheia de ilusão
Viu chegar a ocasião
E partiu para Lisboa;
Num mundo mais exigente
Procurou ser boa gente
Entre gente muito boa.
Trabalhou no que calhava
Trabalho nunca faltava
Para pagar as despesas;
Ambição não o cegava
Só uma vida lavada
E nada de vãs grandezas.
Maioridade chegada
A tropa que o chamava
Mexeu um pouco na vida;
Mas cumpriu-a sem percalços
Três anos sem sobressaltos
Vividos com galhardia…
Cumprida a obrigação
E as coisas do coração
Deram canseiras bastantes;
Uma menina nascia
A encher de alegria
Casal de principiantes.
Algum saber conquistado
Com trabalho aturado
Fez-se um profissional;
E logo foi contratado
E uma vida ficado
Numa multinacional.
Para Norte deslocado
E mais um filho chegado
Um casalinho sorria;
Nasceu no Sul a menina
O rapaz cá mais acima
Sendo a mãe de Leiria…
Mas nas andanças da vida
Nunca ficou esquecida
Lisboa dos verdes anos;
Foi lá que se fez adulto
Aprendeu a ser mais culto
E deu vida aos seus planos. 
Amândio G. Martins



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