quarta-feira, 19 de agosto de 2015

DO SER E DO TER

DO TER E DO SER

Opulência na recepção
Postula uma lei qualquer
Varia na inversa razão
Da solvência do patrão
Para credores entreter…

Convidando Diógenes
A chegar-se à refeição
Um ricaço de Corinto
Ordenou-lhe com acinte
Que não lhe cuspisse o chão!

O sábio irreverente
Achando aquilo tão vil
Sem respeito por tal gente
Cuspiu na cara do rico
E recolheu-se ao barril.

Dos andrajos que vestia
A poucos incomodava
Uma candeia de dia
É que mais surpreendia
Pelo Homem que buscava…

E nem ao Grande Alexandre
Achou ser dever agradar
Ao guerreiro que passava
Exigiu com má palavra
Para o Sol lhe não tapar!

Amândio G. Martins


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