A VITÓRIA AMARGA
A coligação de direita venceu as eleições sem maioria. Mas não deixa de ser uma vitória amarga. Agora tem de se haver com uma maioria de esquerda no Parlamento, sobretudo graças à subida estrondosa do Bloco de Esquerda (10%). Catarina Martins esteve em grande nível nos debates, nos comícios e na rua. O PS de António Costa, com uma campanha desastrada, é o grande derrotado. A CDU sobe ligeiramente. A esquerda, se Costa quiser, pode derrubar o novo governo em dois tempos. O PAN (Pessoas, Animais e Natureza) elegeu um deputado mas ainda não sabemos claramente quais são os propósitos deste partido. O PCTP/MRPP mantém sensivelmente a votação de 2011 (1,1%) e alcança bons resultados em Beja (2,6%), Portalegre (1,7%), Setúbal (1,6%), Faro (1,6%), Évora (1,5%) e Santarém (1,3%). O partido tem de mudar o discurso no sentido da crítica do capitalismo global, da corrida e da guerra diárias a que as pessoas se sujeitam, tem de falar mais nos fenómenos do suicídio, da depressão e da ignorância. A luta continua.
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