Quero convosco partilhar um poema que tem mais de 30 anos de
vida, feito, portanto, nos anos 80 do século passado, por este pobre artesão de
prosas e rimas.
A NORTADA, revista do SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO NORTE, na
sua edição de Setembro Outubro de 2015, publicou-o. E quando o lerdes, vede que
ainda é muito actual:
Violência
(ou não será?)
Menino, criança pobre:
- se tens algo de bom na mão
reparte-o com o teu irmão.
Não faças como vês:
- teus pais trabalham,
gastam canseiras de vida,
pagam transportes,
perdem horas sem te dar amor,
labutam em humano túnel
na esperança de um viver melhor.
E no fim da jornada
(semanal, quinzenal, mensal), que vês?
Teus pais regressaram com quase nada nos regaços
(ficou seu sangue nos ricaços).
O salário sagrado não foi pago;
fizeram de teus pais ‘palhaços’.
Menino, criança pobre:
- não sabes que foste violentado,
mas vês que teu pai berra
e tua mãe chora.
José Amaral
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