Através das entrevistas que a RTP1/3 fizeram às/aos candidatas/os
presidenciais a mediocridade do entrevistador foi patente: Usou
(e abusou) de dualidade de critério. Teve uma vincada agressividade
para com Marisa Matias, Ana Gomes e João Ferreira. Este, o mais bem
preparado, quase não teve oportunidade de completar o seu raciocínio
descritivo. O entrevistador roçou a inconveniência ao interromper abrupta
e constantemente as tentativas de resposta de Marisa, Ana e Ferreira...
Com o candidato, Marcelo Rebelo de Sousa foi um doce... alterou do dia
para a noite o, até então, registo(!). Deixou-o falar até espraiar...
Esta reverência do jornalista fica-lhe mal. Já não basta este
candidato estar permanentemente em campanha eleitoral através
da televisão... Por culpa do pivot, o debate político, as ideias e as propostas
para o país (quase) estiveram afastadas, em detrimento dos casos
mediáticos. A soma destas quatro candidaturas perfaz duas horas
de emissão em horário nobre e, arrisco em dizer que, nem meia hora
foi aproveitada para se apostar no foco: Como resolver a gravíssima
situação pandémica, social, política, económica e cultural que atravessamos.
Também por tudo isto, a abstenção atingirá um novo recorde...
Com Marcelo, a RTP1/3 não fez serviço público, prestou um competente
serviço à candidatura da direita. «Bravo»!
Vítor Colaço Santos
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