sábado, 26 de dezembro de 2020

Escolhas precipitadas

 

Nobel da Paz desacreditado...

 

 

“Foge cão, que te fazem barão”, era assim que reagia o crítico mordaz à profusão de títulos e comendas a certa altura da nossa história, e é o que merece agora que se diga à forma como o Comité Nobel avalia aqueles a quem decide conceder o famoso e, em tempos, prestigiado e  prestigiante prémio.

 

E o desprestígio atingido leva a cenas tão ridículas como poder ver-se proposto para  recebê-lo o tristemente célebre “peacock” Trump, que já não admirava muito se o tivesse recebido;  de facto, há já vários contemplados altamente polémicos, como o próprio Obama e, mais chocante, aquela senhora asiática que, chegada ao poder, não tem sido mais que um bonifrate nas mãos dos militares, a quem dá cobertura política para dizimarem parte do seu próprio povo.

 

Agora sobressai outro “Nobel da Paz”, chefe do governo etíope que, perante dificuldades para travar a tentativa de independência de uma parte do território, não hesitou em recorrer ao exército, que faz aquilo para que é preparado, que é matar e provocar milhares de refugiados;  que este político, no exercício das suas altas funções, se tenha visto obrigado a tomar essa decisão, é questão difícil de avaliar por quem está de fora; o que está mal é que o célebre “prémio” possa ser entregue tão levianamente a quem, pelas funções que ainda exerce, se pode ver obrigado a desacreditá-lo...

 

 

Amândio G. Martins

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