Da máquina de escrever...
“Se alguma vez se interrogou por que motivo as letras dos teclados não estão em ordem alfabética, fique sabendo que já outros perguntaram o mesmo; tudo começou com a primeira máquina de escrever, inventada por Christoper Scholes, um editor de jornal de Milwaukee, Estados Unidos, em 1868; quando se apertava uma tecla, uma vareta pressionava uma fita embebida em tinta, gravando a letra no papel, e os primeiros modelos tinham realmente as letras por ordem alfabética.
A “máquina de escrever”, nome com o qual foi patenteada, tinha só duas linhas, com os algarismos de 2 a 9, com o “O” e o “I” servindo também como zero e um; com a prática, o dactilógrafo premia as teclas tão rapidamente que, muitas vezes acontecia de as varetas ficarem presas umas nas outras; Scholes passou cinco anos experimentando várias disposições-chave e o resultado foi a “moderna” distribuição QWERTY.
Em 1873, os direitos de fabrico da máquina foram vendidos à Remington and Sons, e Scholes colaborou na organização das letras, verificando-se a curiosidade de as letras da palavra “Typewriter” estarem todas na linha de cima, acabando por ser este o padrão universal.
Em Portugal, durante meio século, usou-se um modelo de teclado conhecido por HCESAR, que era obrigatoriamente usado em todos os serviços públicos, pois era o “teclado nacional”, decretado por Salazar, enquanto no resto da Europa vigorava o AZERT, a que chamávamos “teclado internacional”.
Ao aproximar-se o fim do século, entraram em declínio as máquinas de escrever e as aulas de dactilografia, dando lugar às de informática e aos computadores, mas o teclado QWERTY sobreviveu à mudança, ficando nos computadores, tablets e até nos telefones móveis”.
NOTA – Respigado de um interessante texto publicado no almanaque dos missionários Combonianos...
Amândio G. Martins
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