Temos sido sujeitos a uma campanha de endeusamento
de Sá Carneiro. É apodado de supra sumo da democracia,
de ímpar e sábio, de tolerância política e, ainda,
como «um visionário que teve razão antes do tempo»(!).
Convém não esquecer que Carneiro foi deputado pela União
Nacional, partido único, no parlamento fascista. É certo que
fazia parte da «ala liberal», mas nunca ousou fazer uma oposição firme,
democrática e consequente ao regime ditatorial de então. Assim,
é excessivo o rótulo de democrata. Após o 25 de Abril, como
primeiro-ministro, não lhe conhecemos uma mera medida a favor
dos debaixo nem dos trabalhadores. Antes pelo contrário, optou por
encabeçar o combate ao movimento popular, com Mário Soares
e o CDS, instigados pela CIA/Frank Carlucci e pelo sinistro Kissinger.
É significativo que o líder do partido protofascista Chega, André Ventura,
tenha dito que é o que verdadeiramente encarna o legado de Sá Carneiro(!).
É esclarecedor...
Vítor Colaço Santos
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