quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

 Público • Sábado, 12 de Dezembro de 2020 Coluna do provedor  José Manuel Barata-Feyo


O jornalista e Camarate Vários leitores protestaram pelo facto de eu ter escrito, no PÚBLICO, um texto de opinião sobre as convicções do Presidente da República no que respeita à tragédia de Camarate. Diz o leitor Nuno Matias Ferreira, de Santarém: “(…) Nunca imaginei que tal jornalista e ‘nosso provedor’ não separasse (ou separe), como penso que deveria fazer, esta última função da de ‘articulista de facção’. Penso que não é fácil continuar a conÆar no provedor, depois do seu artigo de hoje, em que se ‘atira’, sem dó nem piedade, a quem não tem a sua (e minha, repito!) convicção sobre o ‘caso Camarate’. Ninguém foi poupado — nem o cidadão Marcelo Rebelo de Sousa, que poderia ter ocultado a sua convicção de sempre, é certo, mas que é livre de a não ocultar, nem deputados, nem cidadãos anónimos, que pensem o contrário do articulista. Tomara que a credibilidade do sr. provedor não sofra, da parte dos leitores em geral, o ‘rombo’ que levou hoje (…).” Com o título “O provedor do PÚBLICO e opinador também?”, o leitor A. Küttner de Magalhães escreve: “(…) Misturar no mesmo local a função de provedor e de opinador — mesmo que não no mesmo dia — coloca-o, quiçá, numa posição subjectiva à partida quanto a determinado tema, e talvez não o devesse fazer.” E continua o leitor: “(…) Fica sempre a dúvida da necessidade em ‘meios de comunicação social’ da Ægura do provedor, que é ‘pago’ (…) pelo próprio ‘meio de comunicação social’. (…) E, não estando aqui de forma alguma em causa a Ægura do José Manuel Barata-Feyo, que não será pelo que o PÚBLICO lhe paga que é seu provedor, a ideia que passa é se em determinados temas, até por sobre os mesmos ter escrito, não será demasiado parcial.” A opinião dos leitores é certamente respeitável, mesmo quando assume a forma de processo de intenção e roça a deselegância. Não me pronuncio sobre ela. Mas acontece que neste caso concreto essa opinião carece de fundamentação e revela uma leitura precipitada. O texto a que os leitores se referem não foi escrito pelo provedor do Leitor. O PÚBLICO teve o cuidado de especiÆcar que a coluna em causa é da autoria do jornalista fulano de tal, autor de um livro sobre o “caso Camarate”. Trata-se de algo que está muito claramente explicitado na assinatura do artigo. Ainda assim, Æco muito contente quando os leitores me identiÆcam apenas com o cargo que agora ocupo — o de seu provedor — e elegantemente se esquecem das muitas décadas proÆssionais que o jornalista já tem para trás dele. Sinto-me rejuvenescido…

2 comentários:

  1. Nem o provedor do leitor nem o PR deviam ter vindo a terreiro como simples cidadãos... que não são, por razões diversas que têm em comum o opinar num tempo já mais que debatido.

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  2. Diferente, mesmo como PR , podia e pode, dar uma opinião na data aluziava à morte de Sá Carneiro, Amardo da Costa!! não "choca "assim...........
    O Provedor ou é Provedor ou é Opinador.
    E se toma as posições no PÚBLICO, já se sabe que não vai ser isento quanto a Marcelo e quanto a Camarate!!! E a resposta aos dois leitores, foi demasiado agressiva......

    Mas como nunca vi a necessidade do Provedor , esperemos que faça no futuro um bom trabalho, só como Provedor!!!

    A parir de agora tuodo que seja Não

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