A direcção do PS jura a pés juntos que é de esquerda.
É? Não, não é! Ao nível das eleições presidenciais tem
feito tudo, tudo para catapultar a direita para a presidência
da República. E tem conseguido: A «neutralidade» actual é
um apoio explícito a Marcelo R. de Sousa, da direita. A cooperação
institucional da parte deste com o governo, não pode ser
justificação para abdicarem de candidato próprio. Lastimável!
Em 2006, já Manuel Alegre estava bem posicionado para ser
eleito presidente da República, a direcção do PS decidiu apoiar o
divisionista, Mário Soares, originando a eleição de Cavaco Silva.
Na recandidatura deste, o PS apoiou Alegre e no entanto muitos
dos seus dirigentes aplaudiram a candidatura de Fernando Nobre.
Esta divisão de votos reconduziu Cavaco. Em 2017, apesar do candidato
Sampaio da Nóvoa já estar bem colocado nas intenções de voto e
agregar boa parte do eleitorado de esquerda, surge Maria de Belém,
apoiada pelo PS e por Manuel Alegre(!), abrindo a porta à vitória de
Marcelo. Agora, em 2021, o PS outra vez dá a mão à direita, na figura
de Marcelo R.de Sousa. Conclui-se que o PS, ao lado do PSD e CDS,
é a grande alavanca para a direita ser o inquilino principal do
Palácio de Belém.
Tudo isto não é só surrealista - é inqualificável!
Vítor Colaço Santos
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