sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

HISTÓRIA REAL DO COTIDIANO: UM TESTE DE PATERNIDADE CONFIÁVEL SEM EXAME DE DNA (ADN - EM PORTUGAL)


 

Numa determinada repartição pública, sempre ditada pela mesmice do cotidiano, existia uma jovem muito bonita, morena escura de cabelos lisos, curvas corporais delineadas, muito fogosa, caracterizando acentuadamente o que nos chamamos de mulata brasileira, resultado da salutar miscigenação de raças; tratava-se de uma pessoa extremamente humilde e comunicativa.

Pela sua diferenciada beleza, era ela constantemente assediada por todos que ali trabalhavam, havendo sempre correspondência nas investidas dos colegas, aceitando sempre dentro do possível manter relações amorosas com todos, sem discriminação, por parte dela, de raça e posição social, era muito democrática neste sentido.

Eis que surgiu uma verdadeira notícia bombástica: a belíssima moreninha se apresentou grávida, cada um dos que ali labutavam pela vida sentiu-se potencial pai da futura criança; mas somente ela, pelo seu extinto materno e por rudimentares cálculos, ajudada pela mãe, sabia com certa margem de erro quem era o detentor do espermatozoide que fecundou o seu óvulo.

Um exímio desenhista do órgão mantinha com a jovem uma sincera amizade sedimentada por laços familiares. Na qualidade der ser seu confidente, tentava retirar-lhe a todo custo quem era o fértil mancebo que a tinha engravidado.

Esta por sua vez, apesar de ser uma pessoa carente de estudo, era bastante sagaz e habilidosa, se negou a declinar tal nome, alegando receio de represálias com possível perda de emprego, pela influência que o envolvido mantinha naquele departamento. Mas para não decepcionar o dileto amigo, apenas deu-lhe uma pista, afirmando que a pessoa era descendente de árabe.   

O desenhista sabia que no local de trabalho existiam algumas pessoas que preenchiam os requisitos por serem árabe- descendentes, e ávido para passar a noticia para frente e por instinto em dar uma espécie de furo jornalístico (era estudante de comunicação), começou a engendrar uma maneira sem ofender diretamente as pessoas, deixando, assim, o instituto da dúvida somente para os possíveis envolvidos.

Neste diapasão, por ser muito bom chargista, fez uma gravura em que aparecia uma jovem dando a luz e a criança ao nascer, simbolicamente pronunciando as suas seguintes primeiras palavras: “Eu qué quiba” (eu quero quibe- comida muito apreciada pelos árabes), pregando a figura em lugar local bem visível.

 A repercussão foi muito grande, um dos eleitos ao fazer veemente ameaça ao autor do desenho, se auto - denunciou, caracterizando ser ele o pai do rebento. Ficando assim estabelecido o primeiro teste confiável de   paternidade. Só possível hoje com uso do chamado exame de DNA (ADN), que na época não existia.

1 comentário:

  1. A jovem que o professor descreve é o que eu chamaria uma moça muito "dada"; e com a grandeza de alma de ser democrática na sua dádiva de si, não deixando uns a rir e outros a chorar...

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