segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

ODE A JIM MORRISON

 Jim. Tu és a palavra certa. A pedra exacta. E eu devo mandar foder tudo. Como tu, aos 27, em Paris. E é só rock n' roll e a gente gosta. E é só cacau e a gente gasta.

Merda para as convenções e para os patrões! Merda para o equilíbrio, para a rotina, para a normalidade. Liberdade! Liberdade cor de mulher. Jim. Rimbaud. Rock is not dead. Até podem fazer macaquices na electrónica, provocar-me, ameaçar-me, internarem-me num hospício, porem a polícia atrás de mim. Eu não cedo. Eu não vou morrer. Eu vou abusar sempre, António. Em busca do ritmo, da tribo, do palco. Eu nunca vou acabar. Eu sou o caos e a harmonia. A luz e as trevas. O rock e o roll.
Eu sou a merda que faço, a merda que me fazem. A estrela e o eclipse. A morte e a celebração. A ausência e a presença. O whisky e a cerveja. A união.
Eu sou a noite que alucina, o dia que principia. Eu sou esse rapaz que traz a guerra e a paz...que faz a merda e o ouro...que parte o corpo e o copo...que leva o soco e dá a cara...que se mascara de santo...que sobe no canto...
Venho de anjos loucos, de reis malditos...maldição em directo...fama...alma...palco...imagem...televisão...
E depois acabar como um mendigo, como um Cristo Ébrio aos pontapés pela rua...atrás da lua, enamorado dela...ninfa do mar nas rochas...iluminações...velas...tochas...andores...amores...flores...cores...coros celestiais...por mim dentro.

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