terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Ainda os mitos

 Quase me apetece dizer que que os mitos são bem aparentados coms as utopias. Ambos são falsidades ou coisa similar. Ainda há dias um companheiro de escrita aqui no blogue, Vítor Colaço, desmontou um que, no seu entendimento, o é : Francisco Sá Carneiro ( também o acho, embora o tenha entendido como um grande político a não precisar de mitificação para ser grande ). Ontem à noite lá se foi outro ( ou melhor, confirmou-se como tal) com a entrevista de António Costa e Silva na RTP1 e a descrição pormenorizada do que sofreu de tortura numa prisão de Angola, já sob o jugo de Agostinho Neto...este, também poeta....

Poeta como aqueles que Manuel Alegre  reclama para substituir os economistas, num texto recente, parafraseado pelo Amândio Martins. Nem a poesia escapa! Ou serão só os (alguns) poetas?.... 

Até a esperança é polémica! Reclamamo-la como última "salvação", mas ela "foge" à nossa frente como a cenoura adiante do coelho. Luc Ferry admite mesmo que ela ficou colada ao fundo da "caixa de Pandora", dada pelos deuses, para nos azucrinar para sempre nas nossas voltas à "pista circular da vida". Ou então, como li hoje no PÚBLICO: " a esperança é a mão misteriosa que nos aproxima do que desejamos e nos afasta do que tememos" ( Severo Catalina (1832-1871), escritor ). Mais nada....

Fernando Cardoso Rodrigues

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