quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Fraca consolação

 

Só é pena ter sido pelo que foi...

 

 

Dizem as notícias que as mortes na estrada se reduziram bastante, resultado da menor circulação que a pandemia impôs, não porque se passasse a conduzir de forma decente; e é intolerável que se morra tanto a viajar de automóvel, só porque um grande número de energúmenos se comporta no espaço de todos como se o tivesse comprado, não tendo que dar satisfações das enormidades que pratica.

 

E já não são só homens que conduzem bêbados e não respeitam as regras mais elementares de condução na via pública; de facto, verifico que as mulheres também já se sentem mais importantes cometendo todo o tipo de disparates, não ficando nada atrás dos “ases” machões; isto porque os crimes de trânsito não têm sido devidamente penalizados, e uma morte na estrada, causada não por acidente, mas por ter sido cometido um crime ao volante, não leva o mesmo castigo de um assassinato à facada ou a tiro.

 

E tenho verificado que, em Espanha, o padrão é semelhante, quer no desrespeito das regras como nos castigos que os tribunais aplicam; e lá até se mantém sempre activa a campanha “Ponle freno”, que passa amiúde tas televisões; mas vi um dia destes as notícias darem relevo a uma condenação da dupla de humoristas “Mongólia” -  castigada com uma indemnização de 40 mil euros ao criminoso que, conduzindo bêbado, matou uma pessoa na estrada -  só porque satirizaram a saída do sujeito da cadeia, ao que parece por ser figura pública, depois de uma curta pena cumprida, acusados pelo tribunal do crime de “escárnio”...

 

 Amândio G. Martins

 

 

 

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