Irritado com a passividade lusa e com o seu apego à ordem, Fernando Pessoa chega a escrever, nos tempos do "Orpheu": "Nunca o português tem uma acção sua, quebrando com o meio, virando as costas ao vizinho. Age sempre em grupo, sente sempre em grupo, pensa sempre em grupo. Está sempre à espera dos outros para tudo. (...) Portugal precisa de um indisciplinador. (...) Trabalhemos, ao menos nós, os novos- por perturbar as almas, por desorientar os espíritos. (...) Construamos uma anarquia portuguesa."
Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2020
FERNANDO PESSOA E A ANARQUIA EM PORTUGAL
1 comentário:
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Fernando Pessoa também dizia coisas bem sinistras: "Brevemente comaçará a raiar ns nossas almas a intuição política do nosso futuro.Talvez o Supra-Camões possa dizer alguma coisa sobre o assunto. No entretanto, "sursum corda!" (...) A hora da acção ainda não chegou. Primeiro virá a teoria política da época. Depois virá o pô-la em prática. E quando a hora chegar, virá - não tenhamos dúvida - o homem de força que a imporá, eliminando os obstáculos, que são esta gent5e de agora.Suavemente, se puder ser, será a transformação feita. Mas se assim não for, se esta gente de hoje não curar de se tornar portuguesa, confiemos, sem horror, que o Cromwell vindouro os saberá afastar, aplicando-lhes, por triste necessidade, a "ultima ratio""...
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