terça-feira, 14 de janeiro de 2020

A Tragédia do Meco

O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem acusa e condena o Estado Português por atrasos na investigação, que permitiram manipulação e perda de provas no caso da morte de 6 jovens universitários na praia do Meco, há 6 anos, arrastados pela mente perversa do Dux (o valentão) João Gouveia, em regime de praxe.

Ajudem-me a compreender: para além da ridícula indemnização (20.000 euros), mesmo concordando que uma vida não tem preço, vamos ser nós a pagar? E o anormal, não vai prá cadeia?
Justiça?...

José Valdigem

5 comentários:

  1. Há aqui dois planos. Um, o do Estado português que foi punido pelo referido tribunal por "má condução" na investigação, o que está certo, já que ao Estado que competia bem realizá-la. Outro é o caso do Dux pois sendo os mortos, todos, de maior idade, é a culpa total da parte dele? Onde está autonomia de cada um para, simplesmente, dizer: não vou? Poderá haver culpa moral, mas onde pára a autonomia de cada um para "ir ou não ir", sendo adultos? Um a mandar em mais de meia dúzia?!

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  2. Os caloiros ao entrarem na Universidade, são informados, ostensivamente, de que se não aderirem à praxe, serão descriminados e impedidos de frequentar a Academia. Aconteceu isso com o meu filho em Braga. Claro que mais tarde, acabaram por esquecer.
    Penso que é importante manter viva esta discussão, porque continua havendo muitos abusos nas praxes.

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    1. Sem dúvida, pois esta tem-se tornado uma coisa feia de se ver.

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  3. Dependendo das escolas, é verdade confirmada que os "caloiros" recebem pressões de toda a ordem, mas também há muita "moleza" da parte destes, com muito "Maria vai com as outras" . Perguntei há tempos a uma familiar como estava a viver as "praxes", na Universidade do Porto, e respondeu-me que, quando foi abordada, respondeu que "estava ali para estudar e não alinhava em javardices", dizendo-me que nunca mais a incomodaram...

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    1. Por isso é que eu falava da autonomia de adultos e, implicitamente, não imputava ao Dux toda a carga "justicialista".

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