sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Todo o dinheiro deve ser aceite?

Li hoje no JN. O partido político Chega organizou um jantar, no Porto, para amanhã, pela mão de Jorge Pires (JP) que será apoiante (militante?) daquele. Este senhor foi o fundador (?) da Associação Pediátrica Oncologia Médica do Hospital de S. João (HSJ). e lembrou-se de doar parte do que pagam os que vão ao repasto, a esta associação que o entregará ao dito Serviço médico. A administração do HSJ diz que não foi contactada e reafirmou-o, mesmo depois de JP dizer que falou com a responsável do Serviço.
Deixando de lado o facto de - e estou convicto disso, mas não tenho a certeza - que é agora o Estado que gere toda a renovação do espaço para a Pediatria, incluindo a Oncológica, a pergunta que faço é a que está em epígrafe. Sei que o "dinheiro não tem côr" ( e, se a tem, muitas vezes desaparece com a "lavagem") mas fico incomodado com esta dádiva. Dir-me-ão que é para bem dos meninos, mas " de boas intenções está o inferno cheio" e temo que a "cobrança" da oferta virá um dia.... e não em dinheiro mas doutra forma mais "requintada".
Não tenho a certeza de que estou certo, mas o HSJ é um hospital público e, numa situação especificamente como esta, eu diria: muito obrigado mas não aceitamos.

Fernando Cardoso Rodrigues

1 comentário:

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