sábado, 18 de janeiro de 2020

Respigo

".... Vivemos tempos de incerteza onde o "anticapitalismo" pode confundir-se com "antidemocracia". Não sabemos qual das tendências em curso poderá vingar, se as que emanam da conjugação entre a vontade de rebelião e a ética solidária e humanista, ou antes as que obedecem à retórica populista e neofascista. Para o campo da esquerda, o espectro de Marx não pode ser sinónimo de messianismo, mas a superação (progressista) do capitalismo terá de ser sinónimo de socialismo democrático."

( Retirado do artigo " O "espectro" de Marx", de Elísio Estanque, no PÚBLICO de 14/1/2020)

1 comentário:

  1. Li esse artigo com muita atenção e tenho-o ali de lado para o reler mais vezes. Trata-se de uma clara e eloquentíssima lição sobre um tema muito importante que, curiosamente, passa quase sempre ao lado das discussões. De facto, o marxismo, enquanto teoria filosófica (e não só), não tem, forçosamente, de “estiolar”, de forma absolutamente rígida, como fazem crer muitos dos seus seguidores e detractores.
    Gostaria, ainda, de propor um exercício que me parece muitíssimo interessante: concatenar os ensinamentos daquela “lição” com o artigo que o A. Betâmio de Almeida (que já por aqui andou nestas nossas lides bloguísticas) publica hoje no Público, “Economia, tecnologia, ecologia e nós”. Vale a pena.

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