Todos sabemos que a esperança foi o que ficou colado no fundo da Caixa de Pandora, depois de aberta e dela terem saído todas as "prendas envenenadas" com que os deuses "brindaram" os seres humanos. A partir desse mito foi-lhe atribuída uma "benignidade" que nunca foi discutida através dos tempos. Simplesmente ela poderá ser uma utopia que, como todas as utopias, é irrealizável e portanto acaba por nos azucrinar até ao "fim dos tempos", de tanto a perseguirmos. Isto di-lo Luc Ferry, filósofo francês, na "Sabedoria dos Mitos"
A coincidência vem do facto do Prof. Júlio Machado Vaz ter falado da esperança em "O Amor É" do passado domingo (29/12/2019), nunca a tendo abordado por este último ângulo - mais "maligno" - e somente referindo que, por vezes, se confunde "esperança" com "espera" e - sem surpresa, dado o seu inesgotável "optimismo" - o Presidente da República também dizer, na mensagem de Ano Novo, que os portugueses devem "trabalhar (com esperança...) e não esperar". Como já o disse antes, gosto de coincidências e não pude deixar de referir mais esta de duas figuras públicas da intelectualidade portuguesa.... só "terem olhos" para... o "benigno". Eu "cá por mim" uso a palavra como o "Deus queira", mas fica-me sempre a noção que a polissemia existe e... com conteúdo.
Fernando Cardoso Rodrigues
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