terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Não, isto não é normal!

O título é roubado a David Pontes, que o escreveu no editorial do PÚBLICO de ontem ( 6/Janeiro). E referia-se ao assassinato de Estado de Qassem Soleimani, a mando de Trump. E termina com um "é não deixarmos que o irracional se torne o normal" (sic) como um imperativo que a todos obriga. O texto é simples e muito bom e nem sequer  o dizer que o general iraniano estava de visita (sic) a um país terceiro, o consegue macular sabendo nós que tipo de "visita" seria essa.

Fernando Cardoso Rodrigues


3 comentários:

  1. Sem querer branquear as acções bélicas dos iranianos, não custa nada tentar saber, no caso de algum país, qualquer que ele fosse, ter assassinado o “número dois” dos EUA, quais seriam as terríveis sanções que outros países já não lhe teriam decretado.

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  2. O seu comentário levou-me a pensar que talvez eu me tivesse expressado de modo a trair o que queria dizer. Admito que sim. Que fique claro que anormal é mesmo o assassinato mandado executar por Trump e, já agora, qualquer outro de igual cariz que pudesse ocorrer, tal como José hipoteticamente descreveu.
    Compete-me reafirmar que sei bem o papel do Irão no mundo e não serei eu a colaborar com "o Deus xiita" ou com "o Deus sunita" pois "ambos" são perniciosos. E nunca igualizarei Trump aos EUA, embora seja o "homúnculo" e mau que represente os últimos.... de momento. E condenar o Trump é-me permitido, sem, em termos maniqueus, ter que "fazer" bons e justos os tais dois "deuses e seus sequazes". Ou Bernie Sanders não é, também, norte-americano?...

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    Respostas
    1. Penso que compreendi bem o que quis dizer e que o seu texto não o traiu. Aliás, sobre a “anormalidade” desses procedimentos, sejam de quem forem, nada a dizer, estamos de acordo.
      Também compreendi, acho eu, as suas referências aos “Deuses xiita e sunita”. Se são perniciosos, já não sei bem, porque entendo que a religião muçulmana, em si, não é “perniciosa”, tal como o cristianismo ou outras. Os muçulmanos repartem-se totalmente em xiitas e sunitas, por divergências quanto à correcção da sucessão de Maomé, donde surgem diferenças entre eles apenas ou quase em questões de rito. Mas, como é evidente, o Corão estará lá sempre presente (ou devia estar…). O que depois fazem sob o guarda-chuva religioso será outra coisa. Como o Trump, “cristão até à medula”, magnificamente apoiado por inúmeras seitas protestantes.
      Também não confundo os EUA com Trump. Mas não esqueço que, independentemente de quem os governa, a História demonstra algum “complexo de superioridade” norte-americano que, muitas vezes, deixou vítimas pelo caminho.

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