“Onshore/offshore”, tanto faz...
...Que o dinheirinho devido aos cofres públicos arranja
sempre maneira de se escapar, porque os seus “agentes” sabem muito. Em defesa
do chamado “Centro Internacional de Negócios da Madeira”, tantas vezes
referenciado como uma habilidade legal para grandes empresas fugirem às suas
obrigações fiscais, o advogado especialista em direito fiscal, João Espanha,
escreveu no “Dinheiro Vivo” um artigo de página inteira em defesa daquela “zona
franca”, de que transcrevo a parte final.
“Aritmeticamente, os detractores do CINM parecem ter razão,
se podia cobrar 21 e só cobro 5, parece claro que perdi 16, só que estamos
perante uma falácia, um raciocínio errado com aparência de verdadeiro; de
facto, o IRC que dizem perdido nunca seria cobrado, porque as empresas que se
fixam ali só o fazem por causa dos benefícios fiscais, pelo que a alternativa não
é entre 5 e 21, mas entre cinco e zero.
Portanto, tendo em conta os impactos positivos que provoca
na Madeira e a receita fiscal que gera, o pacote de benefícios fiscais do CINM é
bom para Portugal, e as empresas que lá se fixam são supervisionadas e
reguladas pelas autoridades nacionais e comunitárias, inclusive fiscalizadas
pela nossa administração tributária”...
Amândio G. Martins
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